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Fim do impasse?

Integrantes da Via Campesina começam desocupar fazenda da Syngenta

Sesp informou ainda que invasores pediram ao oficial de justiça um prazo de oito dias para desocupar por completo a área

Pretinho está recebendo tratamento e a infecção já foi controlada | Dilvulgação/SPAC
Pretinho está recebendo tratamento e a infecção já foi controlada (Foto: Dilvulgação/SPAC)

As 70 famílias da Via Campesina, entidade que congrega movimentos de trabalhadores rurais sem-terra, começaram no início da tarde desta terça-feira (10) a desocupação da fazenda da multinacional Syngenta Seeds, localizada em Santa Tereza do Oeste, no Oeste do Paraná. A informação foi confirmada pela Secretária de Estado da Segurança Pública do Paraná (Sesp).

Os acampados estão saindo da fazenda e indo para um assentamento próximo. Um oficial da justiça esteve esta manhã na fazenda sem a presença da Polícia Militar - que ainda não recebeu a ordem da Sesp para cumprir a decisão da Justiça de desocupar a área. Os invasores teriam pedido ao oficial de justiça um prazo de oito dias para deixar a área.

A prorrogação do prazo ainda não teria chegado à justiça - por conta disso, permanece a determinação do juiz Fabrício Priotto Mussi, da 1.ª Vara Cível da Comarca de Cascavel, de que a propriedade deve ser desocupada nesta terça-feira. Caso contrário, Requião terá que pagar, a partir de quarta-feira, uma multa de R$ 2 mil por dia.

Para se livrar desta multa, fixada pelo juiz, o governador ingressou na segunda-feira com um recurso no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) em que pede a suspensão da mesma. O recurso, até as 18h desta terça, não tinha sido apreciado - o que deve acontecer na quarta-feira.

Mesmo com a desocupação de forma espontânea, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) afirma que a luta pela fazenda da Syngenta não terminou. Os camponeses vão aguardar o julgamento dos recursos do governo estadual, no Tribunal de Justiça e Superior Tribunal de Justiça, contra a anulação do decreto de desapropriação e a reintegração de posse da área.

A área foi invadida em 14 de março de 2006, por cerca de 80 famílias ligadas à Via Campesina, entidade que congrega movimentos de trabalhadores rurais sem-terra. A Sesp chegou a desocupar a área, em 8 de novembro do ano passado, mas os sem-terra ficaram acampados perto da propriedade e voltaram ao local - atitude semelhante a tomada nesta terça-feira.

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