• Carregando...

Com financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Fundação Araucária e da empresa Neodent Implantes Dentários, de cerca de R$ 150 mil, a professora de odontologia da PUCPR Paula Tre­vilatto pesquisa com uma equipe de alunos de doutorado e mestrado a suscetibilidade genética para diversas doenças bucais. O DNA coletado na saliva do paciente torna possível saber antes do tratamento se a pessoa apresenta alguma alteração genética que facilite o aparecimento de problemas dentários. Com as descobertas de Paula, a empresa de implantes conseguirá ver com clareza se o paciente necessita de um acompanhamento maior por parte do dentista. "Assim, haverá possibilidade de fazer o paciente voltar mais ao consultório, diminuindo o risco da perda do implante, ocasionada pela inflamação. É um diagnóstico precoce do risco", explica.

Na UFPR, o professor de Quí­mica Fernando Wypych criou um fertilizante "limpo" que, por causa de moléculas de nitrogênio, melhora a fixação e o rendimento no solo e faz com que o veneno não contamine os lençóis freáticos. A invenção, em coautoria com o professor aposentado Antônio Mangrich e com a aluna Cristiane Fumakachi, teve a patente registrada pela Agência de Inovação da universidade, criada em 2008, e acaba de fechar negócio para transferência da tecnologia com a em­presa Ouro Fino Agronegócios. "A empresa se comprometeu a testar o produto em campo, para ver se os resultados serão os mesmos esperados por nós, para então comercializar", explica o professor Wypych. A patente é a centésima registrada pela UFPR no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) e é a primeira a ser comprada por uma empresa privada.

Os projetos criados, segundo o diretor-executivo da agência, Sérgio Sheer, têm conseguido financiamentos do CNPq e da Finep. "Existe conhecimento que pode ser colocado a serviço da comunidade. Infelizmente, nem tudo chega para o público fora da universidade, mas o nosso objetivo é fechar cada vez mais parcerias", ressalta.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]