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| Foto: Brunno Covello / Gazeta do Povo

Tarifa mais cara?

A tarifa técnica urbana atual é de R$ 2,93 – apenas 2,8% a mais do que é cobrado do usuário. Para chegar aos R$ 3,18 repassados aos empresários por passageiro, a Urbs faz uma média ponderada com a tarifa técnica metropolitana. Essa última está em R$ 4,07, segundo a Urbs.

Isso quer dizer que sem a integração, seria possível um reajuste para as linhas de Curitiba menor do que o projetado até quarta-feira. Naquele dia, Fruet disse que a nova tarifa do usuário "possivelmente" será reajustada para mais de R$ 3.

A indefinição que paira sobre o futuro da Rede Integrada de Transportes (RIT), que atende mais de dois milhões de passageiros por dia em Curitiba e nos 14 municípios integrantes da Região Metropolitana de Curitiba, e a possibilidade de que a tarifa urbana sofra um aumento motivaram a convocação de um protesto a ser realizado na próxima segunda-feira (2), na Boca Maldita, a partir das 18 horas. A chamada para a manifestação acontece pelo Facebook, com a criação do evento "Se a tarifa aumentar, Curitiba vai parar". Mais de 200 mil pessoas foram convidadas e, até o fim da tarde desse sábado (31), 29 mil haviam confirmado presença. O protesto é mobilizado pela Frente de Luta pelo Transporte e conta com o apoio da Rede Contra o Tarifaço – Curitiba e de outros movimentos populares.

De acordo com a Frente de Luta pelo Transporte, Prefeitura de Curitiba e governo do Paraná estão fugindo de suas responsabilidades financeiras para com a RIT ao permitir o aumento da tarifa.

Semana foi marcada por greve

A semana foi marcada por uma grande paralisação dos motoristas e cobradores das empresas de ônibus de Curitiba e Região Metropolitana, resultando em greve geral nos dias 26 e 27 e parcial nos dias 28 e 29. A paralisação foi motivada pelos atrasos nos pagamentos dos funcionários. As empresas alegaram não receber os repasses da Urbanização de Curitiba S/A (Urbs), que administra a RIT; já a Urbs denunciou atrasos dos repasses mensais previstos no convênio com governo estadual.

O fato evidenciou a disputa entre governo do estado e prefeitura de Curitiba para definir quem paga o déficit gerado pela operação integrada metropolitana dos ônibus. Na quarta-feira (28), o prefeito Gustavo Fruet afirmou que a manutenção da tarifa única da RIT depende de um aumento da proposta estadual de subsídios e disse que anunciaria uma tarifa exclusiva para ônibus que circulam em Curitiba caso não houvesse um acordo com o governo. O anúncio, porém, foi adiado na sexta-feira (30).

Ainda na tarde de sexta-feira, a Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) anunciou que não iria renovar o convênio que garante a manutenção da RIT. O acordo garantia repasses mensais do estado para manter a tarifa única na Região Metropolitana de Curitiba. Pouco depois, no entanto, o governo estadual recuou e publicou nota reafirmando o desejo de negociar e mantendo a proposta de dividir com a administração municipal o déficit do sistema.

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