
Centenas de internautas se mobilizaram através da rede social Facebook e pediram orações ao maringaense João Daniel de Barros, o João Bombeirinho, de 6 anos, que esta semana apresentou alterações nos leucócitos neutrófilos, situação que poderia desencadear o retorno da leucemia linfoide aguda.
Apesar do susto, a situação está sendo controlada. Os médicos descobriram que os remédios corticoides eram as causas da alteração. "Isso me deixa muito emocionada, muito feliz. O João está muito protegido sob orações, a vitória é nossa", disse a mãe dele, Ana Paula Stevam.
Os médicos ainda descobriram durante o exame que o garoto está com um citomegalovírus, o mesmo vírus da catapora e da herpes. Para combater o problema, o garoto precisa ir ao hospital durante 14 dias seguidos, sempre em dois períodos, de manhã e de tarde. Nesta sexta (11) ele completa o quarto dia. "Ele está bem melhor, mas temos que fazer esse protocolo até negativarmos o exame", declarou a mãe.
História
João Bombeirinho foi diagnosticado com leucemia em 2007 e desde janeiro de 2011 os pais lideram uma campanha para aumentar o número de doadores de medula óssea no Noroeste do Paraná.
O caso ficou conhecido em todo o estado após o Corpo de Bombeiros de Maringá descobrir que o sonho de João era se tornar bombeiro. Com a revelação feita por uma professora, o menino foi adotado pela corporação. A história de João ganhou mais notoriedade ainda depois de ele sair pela janela do seu quarto, no Hospital de Câncer de Maringá, com a ajuda de uma plataforma mecânica dos bombeiros.
No dia 24 de outubro, João foi submetido a um transplante de medula óssea que pode livrá-lo definitivamente da leucemia linfoide aguda, doença contra a qual luta desde então. A medula sadia transplantada no garoto com 90% de compatibilidade veio de uma jovem de vinte anos que reside nos Estados Unidos. Desde então, ele ganhou aproximadamente 5 quilos e ficou inchado por causa dos remédios.
A saída do hospital, contudo, não significou o retorno à Maringá. O menino ainda terá de permanecer em Curitiba, com previsão de retorno entre janeiro e fevereiro deste ano. Neste período, Bombeirinho tem acompanhamento ambulatorial diário para monitorar o quadro clínico. A cura total só poderá ser confirmada cinco anos após o transplante.



