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Segurança

Confira dicas básicas para impedir que seu computador, smartphone ou tablet fique tão vulnerável à ação de vírus ou hackers:

Senha

Seja para acessar e-mails, redes sociais ou aplicativos, uma senha complexa é essencial. Ela deve conter números, caracteres especiais (como &, $ ou #) e letras maiúsculas e minúsculas. Troque a senha com frequência e utilize códigos diferentes para os aplicativos e e-mails que você usa.

Acesso

Ter de digitar a senha cada vez que você entra em um app ou e-mail no celular não é nada prático, mas impede que pessoas que tenham acesso ao aparelho olhem seus dados pessoais ou utilizem essas ferramentas de forma indevida. Uma alternativa é usar senhas para desbloquear a tela – ferramenta hoje comum em smartphones e tablets.

Exclusão

Se seu tablet ou celular for roubado ou perdido, é possível utilizar aplicativos para localizar e formatar o aparelho à distância – neste caso, o app precisa ser instalado antes. Entre as opções estão o Where’s My Droid e o Buscar Meu iPhone, da própria Apple.

Atualização

Mantenha seu smartphone ou tablet com o sistema operacional sempre atualizado, assim como os aplicativos. Os desenvolvedores fazem atualizações frequentes em muitos casos justamente para solucionar brechas de segurança que podem comprometer o acesso aos programas e aos dados do aparelho.

Privacidade

Aplicativos como o Lulu aproveitam a base de dados do Facebook para utilizar os dados pessoais dos usuários em outros programas. Uma alternativa para evitar isto é acessar as configurações de privacidade do Facebook, clicar em "Aplicativos" e depois desmarcar as suas informações que estão disponíveis para terceiros, na opção "Aplicativos usados por outras pessoas".

Navegadores

É comum, ao baixar programas e arquivos da internet, que extensões sejam instaladas automaticamente em navegadores como o Chrome e Firefox. Essas extensões, porém, podem servir de porta de entrada para vírus e ataques de hackers, já que não são desenvolvidas pelos próprios navegadores. Neste caso, o usuário precisa desativar ou desinstalar manualmente as extensões, por meio das opções de ferramentas do navegador.

Fonte: Leandro Henrique de Souza, coordenador do Núcleo de Computação da Universidade Positivo, site Linha Defensiva (www.linhadefensiva.org).

Tubby

Como retaliação ao Lulu, um grupo de desenvolvedores se propôs a lançar um app semelhante, chamado de Tubby, voltado para rotular mulheres. Mas foram impedidos por uma liminar da Justiça de Minas Gerais. Na última sexta-feira, os responsáveis pelo programa defenderam que tudo não passou de uma brincadeira. Será?

Punição

A Justiça tem assumido o papel de cercear os abusos cometidos em redes sociais como o Facebook, onde a troca de xingamentos e críticas é comum. Na última semana, duas mulheres foram condenadas a pagar R$ 20 mil em danos morais simplesmente por "curtirem" e compartilharem um conteúdo ofensivo.

350 milhões é o total estimado de usuários do WhatsApp, aplicativo para celulares que tem ganhado espaço entre outras redes sociais. O próprio Facebook já admitiu que parte dos usuários, principalmente os adolescentes, tem migrado para outras plataformas, a fim de buscar mais privacidade – hoje, é comum os pais de muitos jovens terem perfil no Facebook.

40,5 anos é a idade média do usuário do Facebook. Já no WhatsApp, a maior parte dos internautas tem menos de 25 anos. No aplicativo, não há restrição quanto ao conteúdo compartilhado e o usuário não corre o risco de ser bloqueado pelo programa – o que ocorre na rede social de Mark Zuckerberg.

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A internet precisa ser submetida a algum tipo de controle ou os mecanismos de proteção já existentes são suficientes? Por quê?

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Uma das grandes revoluções tecnológicas do século 20, a internet galgou espaço nos escritórios, invadiu as salas de estar e está no bolso de milhões de usuários. Mas a facilidade em dialogar e compartilhar informação também abre caminho para atitudes pouco nobres, como invadir a privacidade alheia e até disseminar conteúdo criminoso. Um lado obscuro e perverso da web que ameaça a garantia de direitos fundamentais, como a intimidade, e que expõe o pouco apreço pela dignidade humana.

Essa sensação de perda de referências foi reforçada nas últimas semanas pelo lançamento do aplicativo Lulu – que permite a mulheres dar notas e fazer comentários anônimos sobre homens com perfil no Facebook – e pela viralização de imagens de adolescentes em situações constrangedoras por programas como o Whatsapp. Os dois casos têm em comum o fato de pessoas terem sido "coisificadas" e de terem sua intimidade exposta sem consentimento.

No caso do Lulu, a reação de muitos homens foi correr para bloquear seus perfis para evitar serem alvos dos comentários anônimos – muitos deles constrangedores. Houve também ameaças de processos e um inquérito civil aberto pelo Ministério Público do Distrito Federal.

A repercussão do Lulu escancara uma mudança de paradigmas que não é nova, mas que ganha proporções maiores no mundo cibernético: o ser humano está sendo reduzido à condição de objeto e, nessa simplificação, não é de se espantar que o conceito de privacidade perca terreno. Nas redes sociais, os usuários decidem o que querem comunicar e como desejam ser vistos pelos seus conhecidos. Ainda assim, são comuns os casos de bullying digital. O surgimento de novos aplicativos, muitos deles com menor controle dos usuários e conectados a câmeras e microfones, aumenta o espaço para ações que são a pura expressão do desrespeito e que ficam no limite entre a brincadeira de mau gosto e um crime cibernético.

"O Facebook e outras redes oferecem uma falsa noção de realidade, porque os usuários controlam a informação exposta. Já apps como o Lulu também não fornecem um perfil real justamente por trabalhar com opiniões extremadas. Em geral, só vai comentar quem te ama ou te odeia", afirma Felipe Wasserman, professor do Centro de Ino­vação da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) de São Paulo.

A reação aos comentários descontrolados do Lulu chegou ao absurdo ponto de fazer aparecer uma espécie de negócio lucrativo paralelo, aprofundando a visão corrosiva de que gente é mercadoria. O site brasileiro Lulu Fake passou a vender "pacotes de notas" para usuários que queiram melhorar suas notas no aplicativo, através de avaliações feitas por mulheres contratadas. Os pacotes custam de R$ 24,90 a R$ 99,90 – em somente cinco dias, mais de 2 mil pessoas recorreram à alternativa. E provavelmente essa novidade não será a última no gênero.

Deep web esconde crimes na rede

O uso da internet para arquivar e disseminar conteúdo criminoso ainda desafia as autoridades em todo o mundo. Páginas que se propõem a compartilhar imagens pornográficas de crianças e adolescentes, vender drogas ilícitas e até encomendar assassinatos estão na chamada deep web (web profunda, em uma tradução literal), uma vasta rede que permanece invisível aos usuários convencionais e aos buscadores de conteúdo, como o Google.

A deep web, ao mesmo tempo que protege documentos confidenciais de órgãos públicos, também é utilizada por criminosos para controlar o acesso a conteúdos ilegais, protegidos por logins e senhas e envoltos em um labirinto de links e páginas quase impossíveis de rastrear – mês passado, após dois anos de investigação, a Polícia Federal prendeu no Brasil 25 pessoas que compartilhavam fotos de crianças por meio de um site hospedado na Rússia. Há tanto material nesta parte "secreta" da rede que, segundo especialistas, a deep web pode ser até 500 vezes maior do que a web conhecida pelos usuários comuns.

Vazamento de vídeo íntimo traz consequências drásticas às vítimas

Basta ter conta no Facebook para estar sujeito às avaliações do Lulu. No entanto, outro tipo de exposição, desta vez voluntária, vem tendo consequências trágicas: jovens que se deixam filmar e fotografar acabam tendo sua imagem distribuída e nem sempre sabem lidar com o bullying que passam a sofrer.

O vídeo de uma jovem nua de 19 anos, de Goiânia, viralizou há algumas semanas por meio do WhatsApp, que permite a troca de mensagens e arquivos via celular. O vídeo teria sido enviado a outras pessoas pelo namorado da garota. Quem recebeu passou adiante, gerando milhares de comentários em redes sociais. Ao fim, ela deixou o emprego, a faculdade e mudou a aparência.

Em novembro, outros dois casos tiveram consequências mais drásticas. Duas adolescentes, de 16 e de 17 anos, do Rio Grande do Sul e do Piauí, se mataram após terem imagens íntimas espalhadas pela internet. Em um dos casos, a suspeita é de que o arquivo tenha viralizado após a própria adolescente o ter enviado a amigos.

Casos como esse revelam a fragilidade do atual sistema de valores: em alguns casos enaltecemos a exposição e estimulamos esse comportamento criando celebridades instantâneas; em outros, a mesma exposição é julgada sem nenhuma compaixão.

"Já vimos casos de imagens íntimas filmadas durante relacionamentos sérios e vazadas após o casal ter se separado. Quem se submete a essas filmagens tem de estar preparado para, amanhã ou depois, sofrer uma vingança eletrônica", alerta o delegado titular do Núcleo de Combate aos Ciber Crimes (Nuciber) do Paraná, Demétrius Gonzaga de Oliveira.

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