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Escândalo

Investigação sobre dossiê cita Dirceu

Brasília – A Polícia Federal confirmou ontem que é o ex-ministro chefe da Casa Civil José Dirceu a "pessoa conhecida" que teria sido identificada no cruzamento das ligações telefônicas entre os envolvidos no escândalo do dossiê Vedoin, com denúncias contra tucanos. Na quinta-feira, em Cuiabá, o superintendente regional da Polícia Federal em Mato Grosso, Daniel Lorenz, mencionou o surgimento de um novo nome das investigações.

Conforme a Polícia Federal, Dirceu apareceu no rastreamento de 800 números telefônicos como tendo ligado para Jorge Lorenzetti, ex-coordenador de inteligência da campanha eleitoral e ex-churrasqueiro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Lorenzetti telefonou para o ex-ministro em data próxima a da operação fracassada de compra do dossiê. Dirceu recebeu a ligação em um aparelho fixo e retornou cerca de três horas depois.

A Polícia Federal irá investigar se Dirceu teve alguma participação no esquema de compra e difusão do dossiê.

Um outro personagem identificado nas investigações é o do ex-presidente do PT Ricardo Berzoini.

Outro lado

O ex-ministro José Dirceu negou que tenha participado na tentativa de compra do chamado dossiê Vedoin. Em nota divulgada em seu blog, Dirceu rejeitou seu suposto envolvimento no caso e afirmou que aguardará as investigações com calma.

"Evidentemente não tenho nada a declarar, até porque não fui demandado por nenhuma autoridade", disse Dirceu, e completou: "Mas quero reiterar que não tive nenhuma participação no caso do dossiê, assim como não tive participação na campanha majoritária em São Paulo ou na campanha nacional".

"De minha parte, repilo a onda de boatos que tem tomado conta do país, aguardo com serenidade as investigações e reafirmo que não temo nada porque não devo nada", declarou.

O advogado do ex-ministro José Dirceu, José Luís de Oliveira Lima, confirmou que houve uma chamada telefônica entre seu cliente e o Jorge Lorenzetti, um dos envolvidos no "dossiegate", mas negou o envolvimento do ex-homem forte do Planalto no episódio. "O ex-ministro não teve qualquer participação na tentativa de compra do dossiê (contra políticos tucanos). Ele não participou de campanha majoritária, nos estados nem para o presidente Lula", disse José Luís.

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