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Marlos - com Pedro Ken ao fundo - está confirmado entre os titulares | Rodolfo Bührer / Gazeta do Povo
Marlos - com Pedro Ken ao fundo - está confirmado entre os titulares| Foto: Rodolfo Bührer / Gazeta do Povo

Quem nunca viu ainda tem dúvidas: o jacaré do Barigüi realmente existe? Pois bem, agora ele pode de fato virar lenda. A Secretaria do Meio Ambiente (SMMA) de Curitiba anunciou ontem que estuda a retirada dos três répteis (ou mais, já que há suspeitas de que possam existir outros) que habitam o parque mais movimentado de Curitiba, com média de 30 mil freqüentadores nos fins de semana de verão.

A idéia, a princípio, era retirar apenas o jacaré que abocanhou um cachorro vira-lata na terça-feira. A cena foi presenciada por cerca de 15 pessoas, entre elas crianças, que ficaram chocadas. Ontem, porém, já não estava descartada a hipótese de todos serem removidos. A decisão depende do resultado da análise dos técnicos, que vai considerar fatores como riscos aos visitantes e aos animais que estão no lugar há anos – o mais velho está lá há cerca de 20 anos.

Para evitar novos acidentes, fiscais da Secretaria do Meio Ambiente permaneceram ontem nas proximidades do lago. Eles orientavam os curiosos a não se aproximar do bicho, que mais uma vez aproveitou o sol para se aquecer. Guardas municipais também ficaram nas proximidades.

A lenda do jacaré inspirou um texto da escritora paranaense Luciana do Rocio Mallon. "A lenda do Jacaré do Parque Barigüi" conta, em formato de poema, que, no fim dos anos 80, uma menina foi morta e teve seu corpo jogado no lago do parque. A moça acabou virando o jacaré – aquele mais antigo. A lenda fala ainda que, em algumas noites, o jacaré/moça costuma voltar a ser menina e tenta seduzir rapazes que passam por ali, para depois devorá-los.

Deixando a lenda e voltando para a realidade, segundo a contagem oficial, o Parque Barigüi tem hoje três jacarés. Todos os animais foram deixados lá por pessoas que supostamente mantinham os répteis em casa, mas que os abandonaram quando começaram a crescer. Um deles é o jacaré-do-pantanal, que fez o ataque desta semana – o fato ocorreu após freqüentadores atirarem pedaços de pau no réptil, que reagiu quando um cachorro entrou na água. Este é o mais jovem e o menor dos três. Habita um pequeno lago situado ao lado da pista de caminhada, que não possui nenhuma proteção para evitar a aproximação de curiosos. Os outros dois são da espécie papo-amarelo e vivem em ilhas do parque.

Segundo a SMMA, os três têm fartura de alimentos no lago. O novo endereço do jacaré-do-pantanal – e dos outros dois, se os técnicos julgarem necessário a remoção – será definido pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que também deve auxiliar na retirada.

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