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Dois jornalistas do programa de tevê 190, da CNT, passaram minutos de terror na tarde de sábado, ao voltar ao local da chacina. Por volta das 19 horas, o cinegrafista João Carlos Frigério, 25 anos, e o repórter José Aparecido Alves, conhecido como Jotapê, retornaram à Rua Albino Blum, no Barreirinha, para conseguir melhores imagens do local – no dia anterior a chuva tinha atrapalhado as gravações. Segundo Frigério, ainda estava claro e vários moradores andavam pelas ruas. Sem pensar no perigo, eles entraram na vila.

Poucos metros depois, um rapaz, aparentando pouco mais de 20 anos, parou a dupla, antes que eles atravessassem a ponte que daria acesso ao local do crime. O rapaz, que segundo eles parecia estar drogado, tirou uma arma automática e a colocou na cabeça de Frigério. Nervoso, o homem encapuzado ameaçou matá-los o tempo todo. A razão seria que eles tinham afirmado que o local era conhecido como ponto de tráfico. "Senti que, se atravessássemos a ponte, estaríamos mortos", diz Frigério. O rádio de comunicação que levava na calça foi arrancado e jogado no rio.

A calma e o diálogo mantiveram os dois vivos, acredita Frigério. Mesmo assim o rapaz continuou empurrando a dupla até o local da chacina. Em um momento de distração, os dois conseguiram se afastar do homem e voltar sem dar as costas a ele. "Saí correndo com medo". Ao longe, ainda era possível ver o homem empunhando a arma e xingando. "A cena era de um local sem policiamento e com os traficantes dominando o local 24 horas depois da chacina".

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