Belo Horizonte A estudante universitária Tamires Leite da Silva, 19 anos, morreu na madrugada de ontem logo após cair de um brinquedo denominado Queda Livre, durante festa em Juiz de Fora (272 km de Belo Horizonte).
Segundo testemunhas, amigos e parentes que a acompanhavam ao parque de exposições da cidade, ao saltar no brinquedo, de uma altura de pelo menos 30 metros, a rede de proteção não estava armada. Ela foi direto ao chão.
De acordo com o site na internet da empresa responsável pelo Queda Livre, a Maxtreme, com sede em São Paulo, o brinquedo "permite saltos livres, sem elásticos, pára-quedas ou qualquer outro tipo de suporte".
Ouvidos pela Polícia Civil, os dois responsáveis pela operação do brinquedo, que foram detidos pela Polícia Militar, deram outra versão, negando que ela tivesse saltado. Dalmo Fernandes Maria, operador do guindaste, disse ter percebido que uma corda que arma a rede para a queda havia ficado presa durante a subida. Com isso, baixou o guindaste para arrumá-la, baixando a rede ao mesmo tempo.
André Ribeiro Dietrich, operador que acompanhava a jovem no alto, disse que, nessa hora, começava o show de Ivete Sangalo e a menina começou a se mexer muito, e acabou se soltando do cinto que a segurava durante a subida.
Fiança
Segundo o delegado Rodrigo Rolli, houve falha de comunicação entre os dois operadores. Assim sendo, ele entendeu ter havido falha humana, motivo pelo qual ambos serão indiciados por homicídio culposo (não intencional). Foi fixada uma fiança de R$ 1.000.
Tamires foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e pelo Samu, levada para o posto de saúde do parque de exposições, onde foi constatada sua morte. Seu corpo foi enterrado ontem à tarde.
Pela informação da empresa, é possível supor que ela tenha caído de uma altura de 50 metros, já que a queda de 30 metros é até a rede, que deveria estar a 20 metros do chão.
