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Muita gente que tomou vacina no final dos anos 1990 pode não saber, mas está desprotegido da caxumba. Isto porque o governo distribuiu vacinas durante os surtos de sarampo, em 1998, e de rubéola, em 2003. Era uma forma de prevenir que as doenças se alastrassem.

Ocorre que muitas das vacinas distribuídas durante os surtos eram do tipo dupla, e não tríplice viral. Quem foi vacinado nesta época, portanto, pode não ter recebido duas doses de proteção contra a caxumba, e não estar imunizado contra a doença.

Além destas pessoas desprotegidas sem saber, há muita gente que não tomou dose alguma contra as doenças, devido à crença popular de que a vacina faz mal.

Este mito é particularmente forte para a tríplice viral, uma vez que o vírus presente nesta vacina é vivo e atenuado, ou seja, enfraquecido em laboratório. É diferente da vacina contra a gripe, por exemplo, que contém o vírus morto e dividido em pedaços, explica a pediatra Marion Burger, do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde, de Curitiba.

Para as pessoas que evitam a vacina com medo de que esta desencadeie alguma reação imune, como uma pequena febre, Marion manda um recado: “Se o vírus fez isso enfraquecido, imagina com ele forte?”. Ou seja: é melhor um pequeno mal estar causado pela vacina do que na hora da doença.

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