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 | Christian Rizzi / Gazeta do Povo
| Foto: Christian Rizzi / Gazeta do Povo

Foz do Iguaçu - Mãe de Eliza, Sônia Fátima Moura, conseguiu ontem a guarda provisória do neto de 4 meses, apontado como filho do goleiro Bruno. A Justiça de Foz voltou atrás na decisão que concedeu a guarda para o avô Luís Carlos Samudio, pai de Eliza, após a divulgação de que ele recorre em liberdade por uma condenação de estupro. Sônia desembarcou à noite em Foz do Iguaçu e conversou com a Gazeta do Povo por intermédio do jornal local O Iguassu. O bebê será entregue à avó hoje, às 8h30, no Fórum de Foz.

Por que você entrou com o pedido de guarda do seu neto?

Não quero que ele se torne um delinquente. Ficando aqui ele corre riscos. Quero assim também poder ter a chance de ter com ele o que não tive com a Eliza.

Que tipo de riscos ele pode estar correndo?

Não quero entrar nesses detalhes. Mas tudo está relatado nos autos. Quero resolver isso logo e levar meu neto para a minha casa. Te­­nho medo de que ele possa ser levado para o Paraguai. O Luís Carlos tem muitos parentes lá. E pode acontecer com ele o que aconteceu comigo. Comecei a me relacionar com o Luís quando ainda tinha 17 anos. E, como a minha família era contra o namoro, ele me levou para o Paraguai, onde fiquei cerca de 30 dias, até completar a maioridade e voltar para o Brasil.

O pai da Eliza alega que a senhora abandonou a filha quando ela ainda tinha 5 meses. Isso é verdade? Até quando a senhora a criou?

Fiquei com a minha filha até os 3 anos dela. Foi quando me separei do Luís. O casamento era muito conturbado. A gente discutia muito e ele inclusive me agredia fisicamente. Em uma dessas ocasiões cheguei a ficar com o olho roxo. Continuei próxima da minha filha até os 9 anos, quando fui embora. Mas até os 14 anos, quando ela decidiu morar por um ano comigo, vinha visitá-la escondida do pai, para evitar problemas. A última vez que vi pessoalmente a Eliza foi há cinco anos, quando estive em Foz do Iguaçu.

A senhora tem condições de cuidar do seu neto sem qualquer ajuda financeira do pai dele? O que a senhora faz em Campo Grande?

Sim, tenho plenas condições de cuidar dele. Produzo e faço trabalhos artesanais com pimenta. Na verdade, até preferiria que ele nem fosse filho do Bruno.

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