Para tentar amenizar constrangimentos, o juiz da 2.ª Vara de Família de Ponta Grossa, Flávio Almeida, implantou novas táticas no processo de investigação de paternidade. Pelo rito processual, já na primeira audiência, o suposto pai apresentava a defesa, geralmente argumentando que a mulher não mantinha relações sexuais exclusivamente com ele. "Isso já provocava ira e constrangimento", conta. Para evitar o enfrentamento inicial, já na primeira audiência, as partes são convidadas a realizar o teste de DNA.
Além disso, o juiz estabeleceu o pagamento de prestações para custear o exame. O processo é suspenso e uma conta bancária é aberta, onde cada parte deposita R$ 50 por mês. Ao final de cinco meses, os envolvidos na ação já juntaram o dinheiro suficiente para custear o exame. Por curiosidade, ele tabula o resultado dos testes. Entre os 86 processos que acompanhou, em apenas 6% a paternidade foi excluída.
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