
O juiz da Vara de Execuções Penais (VEP) Eduardo Oberg, responsável pelo sistema penitenciário do Rio, determinou a abertura de uma investigação para saber como entrou e foi instalado um roteador de oito quilos na unidade de Bangu 3, na zona oeste da cidade. O aparelho, apreendido há dez dias, possibilita comunicação via wi-fi livre em toda área. A irregularidade levou o magistrado a determinar uma investigação para apurar o caso.
A VEP ainda mandou apurar se ocorreram festas no interior de dois presídios do Rio. Os festejos teriam acontecido para comemorar o resgate do traficante Nicolas Labre Pereira de Jesus, conhecido como Fat Family, na madrugada de domingo (19), no hospital Souza Aguiar, na região central do Rio. Durante a ação de 30 traficantes, um homem que chegava para ser atendido na unidade foi baleado e morreu. Um policial militar e um técnico de enfermagem também foram baleados.
O PM não corre risco de morrer. Já o técnico de enfermagem está internado em estado grave. A polícia ainda procura por Fat Family.
Festa e McDonald’s
Outros nove procedimentos apuratórios foram pedidos pelo juiz para entender o grande número de crimes praticados no interior do cárcere no Rio. Uma outra denúncia investigada é de que criminosos da facção Comando Vermelho (CV) fizeram uma festa, com direito a lanches do McDonalds, nas galerias do Presídio Bangu 3, depois que souberam do resgate de “Fat Family”.
“Diante da omissão da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária, determino que cada um dos fatos narrados seja investigado. Os casos da munição e dos lanches, por exemplo, vão ser investigados pela delegacia responsável por aquela área”, disse o magistrado.
O juiz ainda determinou a transferência de 15 traficantes do Comando Vermelho para presídios federais. A Secretaria de Administração Penitenciária não pronunciou sobre as investigações e sobre a opinião do juiz Eduardo Oberg.



