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Justiça determina fechamento de casa noturna no Xaxim

Estabelecimento não apresentou certificado de vistoria do Corpo de Bombeiros e nem álvara de funcionamento nas vistorias da Aifu

A Justiça determinou nesta quinta-feira (25) o fechamento do bar conhecido como "Aline Drinks", localizado na Vila São Pedro, no Bairro Xaxim, em Curitiba. De acordo com a decisão expedida pela 4ª Vara Cível da capital, o estabelecimento estava sem o certificado de vistoria do Corpo de Bombeiros e com o Alvará de Localização e Funcionamento expirado. Além disso, a Ação Integrada de Fiscalização Urbana (Aifu) buscou caracterizá-lo como um ponto de favorecimento à prostituição, porém sem sucesso.

Na ação, o promotor de Justiça Sérgio Luis Cordoni, responsável pelo caso, cita um trecho do abaixo-assinado organizado pelos moradores vizinhos do local para demonstrar a rotina do bar. "Temos que tentar dormir ouvindo palavras de baixíssimo calão, algazarra, som alto. Se ligamos pedindo que diminua-se o barulho, o DJ diz que é o trabalho dele, e não pode fazer nada. No término, os clientes saem em alta velocidade e embriagados. (...) Sem falar o constrangimento de receber algum parente em casa, que resolva sair à noite com a casa em funcionamento [ e se depara] com as ‘meninas’ com vestimenta inadequada para sair fora do estabelecimento".

A Aifu confirma ter visitado e notificado o local várias vezes. Porém, nenhuma das determinações do grupo foram cumpridas, e o bar continuou aberto. "Monitoramos esse lugar desde maio de 2010. À época, eles não tinham nenhum dos documentos necessários. Nem do Bombeiro, nem da prefeitura, e nem da Secretária de Segurança Pública. Depois disso, voltamos nos anos seguintes, e sempre tinham os mesmos problemas. Continuarmos interditando o lugar, mas eles não respeitavam", conta o major Olavo Vianei, coordenardor da Ação Integrada.

Ele diz ainda que em algumas das abordagens, procurou-se enquadrar o ambiente por favorecimento à prostituição. "Nós sabíamos o que acontecia, mas não podíamos materializar o crime se não pegassemos alguém no ato sexual. As pessoas disfarçavam, fingiam que nada estava acontecendo. E por isso não conseguimos nunca comprovar que ali tinha esse tipo de prática".

O estabelecimento agora deve permanecer fechado para realizar os procedimentos de adequação às normas de segurança e conseguir o alvará de funcionamento, sob pena de multa diária de R$ 1 mil no caso do descumprimento.

A Gazeta do Povo procurou os proprietários do bar, porém nenhum deles foi encontrado para se manifestar.

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