Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
aviação

Justiça Federal determina que PF investigue queda de avião no Recife

Pedido foi feito pelo MPF contra inquérito na Polícia Civil. Juiz entendeu que investigação sobre acidente é de interesse da União

A Justiça Federal em Pernambuco determinou nesta terça-feira (19) que é da Polícia Federal, e não da Polícia Civil, a competência para a investigação das causas do acidente com um avião da empresa Noar, que caiu no Recife na última quarta (13), deixando 16 mortos.

A Polícia Federal abriu um inquérito para apurar as causas do acidente aéreo, designando o delegado federal Renato Cintra, chefe da Delegacia de Defesa Institucional, para assumir o caso. Outro inquérito havia sido aberto pela Polícia Civil do estado.

A decisão da Justiça Federal foi tomada em pedido do Ministério Público Federal, que alegou ser necessária a afirmação da competência federal nas investigações para evitar nulidades em futuros processos.

O juiz Allan E. Veras Ferreira, da 13ª Vara Federal, considerou ser da competência exclusiva da União explorar e controlar a navegação aérea, por isso, a apuração das circunstâncias do acidente, também é de interesse federal.

Para fundamentar a decisão, o juiz federal citou um caso que considerou análogo –a queda do avião da empresa Gol após colidir com o jato Legacy, decidido pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), e onde foi reconhecida a competência da Justiça Federal para o exame do caso.

Inquérito

A abertura de uma investigação pela PF só ocorreu após determinação do MPF em Pernambuco. O pedido foi feito no dia seguinte à tragédia, dia 14, segundo o MPF.

Apesar de já haver inquérito instaurado pela Polícia Civil do estado, o procurador da República Marcos Antonio da Silva Costa disse entender que o crime em questão é de competência federal para ser investigado.

Para o procurador, "são de competência federal a investigação, processo e julgamento dos crimes que provocaram ou contribuíram para a queda de avião do serviço público de navegação aérea".

Para o MPF, os crimes em questão estão incluídos na Constituição como ofensa a serviço federal e consumação de crimes a bordo de aeronave.

A PF informou que os peritos federais estiveram no local da tragédia no dia do acidente.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.