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Morte de policial ainda é investigada

O assassinato do sargento da Brigada Militar, Ariel da Silva pouco antes do cativeiro do agricultor paranaense Lírio Persch ser encontrado ainda está sendo investigado pela Corregedoria da Polícia Civil do Rio Grande do Sul. O policial estava de moto e teria sido atingido por cinco disparos, quatro no estômago e um no pescoço, na Avenida Planaltina, por volta de 1h30 da manhã do dia 21 de dezembro do ano passado.

O sargento teria tentado abordar a viatura descaracterizada do grupo Tigre quando foi alvejado. Posteriormente, um exame do Instituto Médico-Legal do Rio Grande do Sul apontou que Ariel da Silva tinha 13,1 decigramas de álcool por litro de sangue quando foi morto.

A Gazeta do Povo tentou contato com o delegado Paulo Rogério Grillo, da Corregedoria da Polícia Civil gaúcha, para buscar informações sobre a investigação do caso, mas não conseguiu conversar com o policial até a noite desta terça-feira (17).

A Justiça do Rio Grande do Sul determinou que a Polícia Civil do Paraná afaste das funções dois delegados e um investigador do Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre), unidade especializada no combate a sequestros. A decisão é da juíza Eda Salete Zanatta de Miranda, da 1ª Vara Criminal de Gravataí. Segundo a juiza, os policiais poderiam manipular as informações prestadas à Justiça sobre o caso do sequestro do agricultor Lírio Persch, que acabou morto em dezembro do ano passado.

A decisão vale para os delegados Danilo Zarlenga Crispim e Renato Bastos Figueiroa; e para o investigador Fábio Lacerda Gusmão. A decisão judicial atendeu um pedido do Ministério Público de Gravataí, que denunciou 12 pessoas no último dia 23, envolvidas no sequestro do agricultor paranaense.

A Polícia Civil do Paraná informou, através da assessoria de imprensa, que não havia sido comunicada oficialmente da decisão até às 18 horas desta terça-feira (17) e que somente comentaria o afastamento após receber a notificação.

Isenção

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) divulgou que a magistrada determinou o afastamento porque a permanência dos policiais nos cargos "estaria prejudicando a isenção das diligências realizadas, colocando em risco a busca da verdade real." A própria juíza afirmou em seu despacho que "os denunciados podem estar se valendo da máquina estatal, em virtude da função pública que exercem, podendo prejudicar a instrução processual se mantidos em seus atuais cargos."

Além dos três paranaenses, o MP denunciou o delegado gaúcho Leonel Carivali, da 1.ª Delegacia Regional Metropolitana, sediada em Gravataí. Ele partido da arma dele o tiro que matou o agricultor quando o cativeiro foi encontrado pela polícia, segundo a perícia realizada no local.

O delegado sustenta que disparou por ter ouvido barulho de estampidos no momento em que invadiam o cativeiro do agricultor. Por isso, ele alega que o tiro foi em legítima defesa,

Os outros oito denunciados pelo promotor formavam uma quadrilha organizada para realizar sequestros no Rio Grande do Sul, atraindo vítimas do Paraná, com o pretexto de falsa venda de máquinas agrícolas. Elas foram denunciadas pela prática dos crimes de "formação de quadrilha armada e extorsão mediante sequestro com resultado morte".

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