Jundiaí e São José dos Campos - Das 77 testemunhas de defesa convocadas para prestar depoimento ontem, em Jundiaí, a 60 km de São Paulo, em favor de 19 acusados de participação nos ataques atribuídos ao Primeiro Comando da Capital (PCC) em maio de 2006, em todo o estado de São Paulo, 32 compareceram ao fórum. Três testemunhas de acusação também estiveram presentes.
Dos 19 réus, 14 foram levados de penitenciárias de Franco da Rocha e de Avaré, e dois acusados em liberdade, Gilson e Gelson Gomes, compareceram. Considerados líderes da organização, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, e Júlio César Guedes de Moraes, o Julinho Carambola, abriram mão do direito de acompanhar os depoimentos. Uma das acusadas, Fernanda Vetori Maria, está foragida.
O processo refere-se à morte do PM Nelson Pinto durante os ataques. Os acusados foram ouvidos em outubro passado. Nova audiência deverá ser marcada para ouvir outras testemunhas. Só após essa etapa é que o Ministério Público e a defesa deverão apresentar alegações finais, para que o juiz decida se os réus podem ou não ir a júri.
Iaras
A Penitenciária Orlando Brando Filinto, em Iaras, a 282 km de São Paulo, está destruída após rebelião de presos ocorrida há dez dias, de acordo com o Sindicato dos Funcionários dos Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifusfesp). A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), em São Paulo, não confirmou nem negou a informação.
Metade dos 1.380 detentos estão em celas fechadas com solda, mas sem camas. Outra parte dorme em quadras ao relento, sob cobertura de uma lona de plástico, segundo o Sifusfesp e a Pastoral Carcerária. Segundo uma funcionária do sindicato, grupos de 20 presos ocupam celas onde cabem seis pessoas.
A SAP não confirma informação sobre transferência de integrantes do PCC para unidades mais rígidas em Presidente Venceslau (SP) para prevenir possíveis ataques em solidariedade à situação dos presos de Iaras.



