Brasília (AE) Laudo pericial da Polícia Federal, a ser divulgado hoje, encontrou indícios de montagem na lista de Furnas. Feito pelo Instituto Nacional de Criminalística (INC), o laudo alerta, todavia, que a análise foi feita em cima de uma cópia, pois o autor da denúncia, o lobista mineiro Nílton Monteiro, nunca entregou o original da lista, conforme prometera.
A lista contém os nomes de 156 políticos de vários partidos, entre os quais quase toda a cúpula do PSDB, que teria recebido financiamento de campanha em 2002, com caixa 2 recolhido junto a fornecedores da estatal.
O dinheiro seria desviado do superfaturamento de obras públicas e, conforme Nílton, o operador do esquema seria o ex-diretor de Furnas, Dimas Toledo, que nega a acusação. Nílton será convocado para se explicar e poderá ser processado por denunciação caluniosa se não comprovar suas acusações.
Por meio de sua assessoria, Dimas informou nunca ter dúvida sobre a falsidade da lista.
"Nunca operei qualquer esquema de cobrança de pedágio junto a construtoras e empresas que prestavam serviços a Furnas", garantiu o ex-diretor. Ele disse também que não conhece nem jamais teve contato com Nílton.
Independentemente da falsidade ou não da lista, a PF informou que continuará investigando suspeitas de corrupção, caixa 2 e desvio de dinheiro público em Furnas, uma das estatais suspeitas de terem sido usadas na formação de fundos do suposto mensalão.



