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Luto

Leão que ficou paralítico morre em São Paulo

Tentativa de curar o animal que vivia em Maringá mobilizou 60 mil fãs no Facebook. Ariel foi vítima de doença misteriosa

Raquel Borges e Ariel, antes da morte: leão fazia espécie de hemodiálise para tentar recuperar o movimento das patas | Nacho Doce/Reuters
Raquel Borges e Ariel, antes da morte: leão fazia espécie de hemodiálise para tentar recuperar o movimento das patas (Foto: Nacho Doce/Reuters)

O leão Ariel, que estava em tratamento para recuperar o movimento das patas, morreu ontem, em São Paulo. O drama do bicho, que estava tetraplégico e sofria de uma doença degenerativa, mobilizou usuários da rede social Facebook, que se uniram para ajudar no custeio do tratamento do felino.

A informação da morte de Ariel foi confirmada pela proprietária do animal, Raquel Borges. "No momento da morte, ele [Ariel] não estava sendo submetido a nenhum tratamento. Ele fez três sessões e faria a quarta", disse ela, ao se referir a um tratamento parecido com uma hemodiálise pelo qual o animal passou nos últimos dias.

A causa da morte será investigada pela Universidade de São Paulo (USP), para onde o corpo do animal foi encaminhado. Raquel ainda não havia decidido onde faria o enterro do bicho.

"Tenho outros animais em Maringá e tenho que cuidar deles. De Ariel, vou lembrar do amor e o respeito pela vida. Era um animal selvagem que foi capaz de entender o ser humano. Ele veio para mudar a minha vida e a de milhares de pessoas. Veio para unir as pessoas e fazer com que acreditássemos no ser humano", diz Raquel.

Histórico

Ariel se machucou em julho de 2010, em uma brincadeira no canil onde morava, em Maringá. O animal pulou para pegar uma bexiga e caiu, perdendo o movimento das patas traseiras. Inicialmente, a suspeita era de que tivesse ocorrido uma fratura, mas uma cirurgia mostrou que a coluna do animal estava intacta. A causa mais provável para a perda de movimento passou a ser uma doença degenerativa que nunca foi descoberta.

A situação do leão piorou ainda naquele ano, quando os músculos das patas dianteiras atrofiaram, deixando o animal completamente dependente dos tratadores. Ariel tinha 3 anos e vivia dentro da residência do casal Raquel e Ary Marcos Borges da Silva, em um canil especializado no treinamento de cães policiais. O casal também convive com 11 tigres.

Nas últimas semanas, um tratamento parecido com uma hemodiálise voltou a dar esperanças aos criadores e fãs de Ariel. O tratamento era feito na casa da veterinária responsável pelo leão, em São Paulo, onde o animal estava hospedado até ontem, quando morreu.

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