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Amostras de leite que tiveram lotes adulterados estão passando por análise que verifica se houve acréscimo de substâncias que aumentam o volume. Foram encaminhados ao Laboratório Central do Estado (Lacen) amostras dos leites Mu-mu e Líder que estão sendo vendidos no mercado atualmente. Na próxima semana serão enviadas amostras das marcas Italac, Cativa e Polly. Todas as marcas de leite à venda no estado vão passar pela análise nas próximas semanas.

Os exames servem para verificar a existência de formol e cloreto de sódio, substâncias que oferecem risco à saúde e que podem ser adicionadas ao leite para aumentar o seu volume. Os resultados da análise devem ser conhecidos já na próxima semana. A medida abrange os leites tipo longa vida e pasteurizado.

Atualmente, a fiscalização da qualidade do leite no Paraná segue os parâmetros regulamentados pelo Ministério da Agricultura. A análise das substâncias adulterantes ainda não era feito no estado e agora passa a entrar na rotina de fiscalização da Vigilância Sanitária. O programa "Leite das Crianças", que distribui leite a crianças de seis a 36 meses de famílias com renda individual é menor que meio salário mínimo, também passará pela nova análise.

Segundo Paulo Santana, coordenador do Centro Estadual de Vigilância Sanitária, o trabalho será realizado de forma contínua e não é uma ação pontual. "O objetivo é oferecer mais segurança aos consumidores do Paraná. Resolvemos intensificar a fiscalização depois da notícia que formol estava sendo adicionado ao leite", diz.

De acordo com a Anvisa, o formol ou formaldeído é toxico se ingerido, inalado ou se tiver contato com a pele e é considerado cancerígeno pela Agência Internacional de Pesquisa do Câncer (Iarc) desde junho de 2004. Segundo a agência reguladora, mesmo em pequenas concentrações, o formol apresenta risco à saúde, "pois a substância não possui uma dose segura de exposição". A substância foi encontrada no leite adulterado.

Fiscalização da qualidadeO controle de qualidade no laticínio avalia características microbiológicas e físico-químicas do leite, como acidez, teor de cinzas e de proteínas, enzimas e adição de água. As inspeções são feitas pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento – se o produto for comercializado somente no Paraná – e do Ministério da Agricultura – se o produto tiver distribuição nacional.

O produto final, que vai para o comércio, é submetido às mesmas análises de qualidade pela Vigilância Sanitária do Estado. Agora será incluída a análise de adulteração, para verificar se houve mudanças na composição do leite no processo de transporte entre o laticínio e o comércio.

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