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Planejamento

Leitores divergem sobre possível verticalização de Curitiba

Mudanças polêmicas na Lei de Zoneamento podem transformar bairros até agora residenciais em redutos de novos empreendimentos imobiliários. Curitibanos divergem sobre o assunto

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As possíveis mudanças na Lei de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo trouxeram à tona os debates que aparecem com frequência nas discussões do Plano Diretor de Curitiba. Leitores da Gazeta do Povo comentaram a reportagem "Plano que muda Curitiba divide opinião", publicada na edição desta quarta-feira (16), e deram uma amostra de como o tema é polêmico. As principais críticas são relacionadas ao mercado imobiliário e uma suposta priorização exagerada dos lucros e os elogios se apegam, principalmente, a aspectos ligados à facilidade de locomoção e convivência.

O leitor Daniel Campos defendeu o aspecto da mobilidade urbana, que melhoraria com a verticalização da cidade. "Aumentar a densidade para aproximar os moradores dos serviços é uma boa ideia, pois reduz a necessidade de deslocamento e, assim, reduz a necessidade de se ter ou usar carros. Mas isso não vai funcionar se o objetivo das construtoras for unicamente construir quitinetes para vender pelo preço de apartamento de verdade, só irão conseguir criar ‘elefantes brancos’."

Já Alexandre Loyola tem uma opinião contrária e sugere uma diminuição de pessoas por metro quadrado. "Tem que revisar pra diminui a densidade demográfica. Tirar gente das regiões centrais. Chega de prédios nessa cidade. Não cabe mais ninguém. Tem que incentivar o desenvolvimento socioeconômico dos municípios que compõe a região metropolitana ao invés de ficar espremendo a capital. Construam lá! Parece que alguém está se beneficiando muito com isso, ao custo da população."

Há ainda leitores que consideram a ideia da verticalização, desde que haja debate sobre todos os aspectos envolvidos. "A questão do adensamento deve ser acompanhada de uma profunda análise sobre a disponibilidade de recursos hídricos e impactos nas áreas verdes. Quando falamos em adensamento, falamos em ocupação de áreas verdes. Também falamos de um significativo aumento da população da cidade, o que representa um significativo aumento da demanda por recursos hídricos", comentou Angelo Guimarães Simão.

Sugestões dos leitores

Afonso Celso Frega Beraldi classificou o tema como delicado e comparou possibilidade de verticalização com projetos já implantados em Curitiba. "Um bom exemplo de adensamento se verifica no eixo da Avenida João Gualberto e Avenida Paraná, onde temos edifícios cujo térreo e mezanino são de uso comercial, convivendo com apartamentos residências. Excelente modelo. O adensamento traz vantagens pois necessita menos investimentos públicos em infraestrutura, como vias, água e energia."

Já Leonardo Simoni enfatiza que a prefeitura deveria aumentar a densidade somente em alguns bairros, que ele classifica como degradados. "Como o Prado Velho e ao longo de estruturais que ainda não foram adensadas, como a Avenida Marechal Floriano Peixoto. Na região do Parolin, Hauer e Boqueirão, a Avenida Marechal Floriano Peixoto ‘morre’ após as 18 horas, pois só tem comércios. É necessário incentivar o uso residencial ao longo deste eixo. Isso reduziria os deslocamentos por automóvel."

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