As chuvas registradas nas últimas semanas no Paraná colocaram os serviços de saúde em alerta devido aos riscos trazidos pela leptospirose. Nos últimos dois meses, pelo menos quatro pessoas morreram devido à doença em Curitiba e região metropolitana, duas na capital e duas em Colombo.
Os gestores preveem que haverá mais casos da doença. Segundo a diretora do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba, Karin Regina Luhn, por enquanto o cenário de leptospirose neste ano deverá ser semelhante ao de 2010, um ano com números recordes da doença.
Do início de 2011 até 9 de fevereiro, a capital registrou 131 casos suspeitos 16 foram confirmados. Os números são praticamente os mesmos do mesmo período do ano passado, quando foram notificados 142 casos e 20 confirmações. O ano de 2010 fechou com 129 casos confirmados e 27 mortes.Notificações acontecem o ano inteiro, mas o risco aumenta no período de chuvas, devido à dispersão da urina do rato, transmissor da doença. "De 40% a 50% dos casos de leptospirose acontecem nos três primeiros meses do ano. O número de casos varia ano a ano conforme o calendário de chuvas", diz Karin.
Em janeiro de 2011, o número de ocorrências provocadas pela chuva cresceu 96,2%, de 158 para 310 em Curitiba. O cenário foi o mesmo verificado no Paraná: os alagamentos aumentaram 13% em janeiro, de 157 para 178.



