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Projeto

Londrina ganha novo camelódromo

Mais um camelódromo deverá se instalar em na Praça Gabriel Martins de Londrina, no Norte do estado. O novo empreendimento terá 300 lojas e ocupará o espaço da Galeria Cine Augustus. Os pontos já estão todos alugados e a previsão é de que o local comece a funcionar dentro de três meses.

Um esboço do projeto já está pronto e o definitivo deve ser concluído dentro de alguns dias. O contrato de locação também deverá ser fechado em breve e as obras de adequação do espaço, iniciadas. O valor do aluguel é de R$ 34 mil mensais e a expectativa é de que sejam gastos R$ 1 milhão na reforma e adequação do prédio. A Galeria Cine Augustus foi inaugurada há sete anos, em um projeto de revitalização do espaço, que ficou fechado depois que a Loja Mesbla encerrou as atividades. Antes da loja de departamentos, porém, o local abrigou o Cine Augustus, que na década de 1960 era um dos mais elegantes da região. Atualmente, poucos comerciantes mantêm lojas na galeria e os contratos não foram renovados. "Ainda não assinamos a documentação, mas já está tudo acertado. Logo poderemos iniciar a reforma", disse o presidente da Organização Não-Governamental Trabalho Para Todos, Emerson Lafayette Dias. A ONG é que irá administrar o novo camelódromo.

Os representantes da entidade reuniram-se nesta segunda-feira com o presidente da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), Gabriel Ribeiro de Campos, pedindo a ajuda do Município na agilização da liberação dos alvarás. "Não queremos dinheiro. Só queremos que liberem logo os alvarás para trabalharmos legalizados", disse Dias, referindo-se ao Shopping Popular, que para entrar em funcionamento, no início de 2002, obteve subsídios da Prefeitura.

"Se a documentação estiver regular, nos comprometemos a interceder junto aos órgãos do Município", declarou Gabriel de Campos, ressaltando os benefícios que o Município terá com a saída dos 300 camelôs da informalidade. "É melhor esse shopping instalado no Calçadão, pagando aluguel, luz e gerando empregos, do que os camelôs trabalhando na informalidade". As lojas irão ocupar os dois andares do prédio sendo que no segundo andar deverá funcionar também uma lanchonete e restaurante. A vaga que cada camelô irá ocupar no camelódromo, segundo Emerson Dias, será definida somente quando a reforma estiver concluída. "Vamos fazer sorteio", explicou ele.

As negociações com os interessados em instalar uma loja no novo camelódromo estão sendo feitas no escritório de contabilidade instalado no Shopping Popular, mas Emerson Dias afirma que nenhum camelô está abrindo filial no novo ponto. "São todos camelôs que trabalhavam nas ruas. Eu mesmo trabalho há quatro anos em frente as (Lojas) Pernambucanas, no Calçadão. Está muito ruim trabalhar assim porque a Prefeitura está fazendo apreensões".

Cada camelô terá de pagar R$ 100 de aluguel mais a taxa de manutenção, cujo valor ainda não está definido. Com a reforma e adequação do espaço, cada um deles deverá pagar cerca de R$ 3,3 mil. "Vai ser um camelódromo chique, com ar condicionado", contou Dias.

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