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Educação

Lula critica mães que dão celular aos filhos ao sancionar lei que proíbe uso dos aparelhos em escolas

Lula
Presidente diz que comportamento é "desumano" e lei proibirá o uso dos celulares em escolas. (Foto: reprodução/Canal Gov)

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta segunda (13) as mães que dão telefones celulares a filhos para fazê-las parar de chorar em vez aconchega-las. A crítica foi feita durante a sanção da lei que proíbe o uso de celulares em escolas públicas e privadas de todo o Brasil.

A medida começa a valer já a partir deste ano letivo e abrange todas as etapas da educação básica, desde a infantil até o ensino médio. A proposta foi aprovada de forma simbólica no Senado em dezembro, após ser apoiada pelo Ministério da Educação (MEC).

“Já vi caso de criança com dois anos começar a chorar e ao invés da mãe pegar para que o aconchego do corpo pudesse fazer a criança parar de chorar, simplesmente dá o celular para a criança. É uma coisa fria, gelada, não tem nada a ver, não vai educar. Esse comportamento desumano está sendo utilizado pelos humanos”, disse Lula durante evento fechado no Palácio do Planalto.

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Lula agradeceu aos congressistas pela aprovação da lei que ele achava que não passaria, e que ganhou tração no Legislativo após o Ministério da Educação apoiar o projeto. “Quero dizer para vocês o que fizeram foi grande gesto de dignidade com futuro desse país. A gente precisa voltar a permitir que humanismo não seja trocado por algoritmos”, afirmou.

O presidente ainda destacou que o objetivo não é interferir na vida pessoal dos alunos fora da escola, mas ensinar que há momentos e lugares apropriados para o uso da tecnologia.

A lei proíbe o uso de celulares e outros dispositivos móveis, como tablets e smartwatches, em todo o ambiente escolar, incluindo aulas, recreios, intervalos e atividades extracurriculares. Exceções serão permitidas em casos que envolvam acessibilidade, inclusão, condições de saúde ou direitos fundamentais.

Nos próximos 15 dias o governo vai divulgar as regras para operacionalização da lei e fiscalização.

Para garantir a implementação da medida, o MEC lançará uma campanha nacional entre janeiro e março deste ano. O primeiro mês será dedicado ao engajamento de gestores e professores, com seminários online, cursos sobre saúde mental e distribuição de guias práticos.

Em fevereiro, o foco será o envolvimento de famílias e educadores, por meio de reuniões, guias temáticos e planos de aula. Já em março, as ações se concentrarão nos estudantes, com apoio a grêmios estudantis e atividades educativas específicas.

A iniciativa brasileira segue uma tendência internacional, já adotada por países como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda, que possuem legislações semelhantes para restringir o uso de celulares nas escolas.

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