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Cinco assassinatos foram registrados no bairro Uberaba, em Curitiba, na madrugada desta sexta-feira (15). As mortes ocorreram em um intervalo de quatro horas, em dois ataques distintos: um duplo e um triplo homicídio. Para a Delegacia de Homicídios (DH), as mortes podem estar relacionadas.

O primeiro crime ocorreu por volta das 00h20, na Rua Afonso Zicka. As vítimas foram identificadas como Jhone Vanderlei da Silva, de 23 anos, e Eliseu Figueiredo Nepomuceno, de 25 anos. Uma testemunha relatou à polícia que os atiradores chegaram em um carro e efetuaram uma série de disparos. "Ainda há controvérsias em relação à cor e ao modelo do veículo", disse a delegada Maritza Haisi, da DH. Mesmo baleado, uma das vítimas tentou entrar em uma residência, mas acabou executada. No local do crime foram encontrados diversas cápsulas de calibre nove milímetros.

O segundo ataque ocorreu a cerca de 1,7 quilômetro dali, na Rua Mangaba, também no Uberaba. Três pessoas que dormiam sob uma marquise de um bar foram atingidas por diversos disparos e morreram na hora. No local, foram encontradas 25 cápsulas também de calibre nove milímetros. Em frente ao bar, que só abre durante à noite, ainda era possível encontrar projéteis da munição utilizada, marca de tiros na parede e muito sangue. Ao lado, os pertences dos homens mortos foram queimados pela manhã.

Duas das vítimas eram irmãos – Robson Peyerl, de 21 anos, e Ruan Felipe Peyerl, de 17 anos. O terceiro homem assassinado ainda não havia sido identificado até as 18 horas desta sexta-feira. De acordo com a delegada, familiares dos irmãos informaram que eles eram usuários de drogas e que costumavam passar semanas nas ruas, sem voltar para a casa. O número exato de disparos que atingiu cada um será revelado após um laudo do Instituto Médico-Legal (IML).

Investigações

Uma pessoa que testemunhou o primeiro ataque foi ouvida informalmente pela polícia. Na tarde desta sexta-feira, outra testemunha era ouvida oficialmente na DH. Para a delegada Maritza, há indícios de que os crimes estejam relacionados. "Os homicídios foram cometidos com o mesmo tipo de arma, em um curto lapso temporal e com um grande número de disparos. Não podemos afirmar com certeza, mas é óbvio que pode ter vínculo", disse.

Mortos por engano

Para os familiares dos dois irmãos assassinados, que preferiram não se identificar por segurança, os rapazes foram mortos por engano. Conforme o relato de uma prima, que acompanhou a retirada dos corpos na madrugada, os dois estavam deitados e cobertos. "Foram mortos dormindo". Os dois já tinham sido encaminhados pela família para tratamento contra as drogas, mas sempre acabavam voltando para a rua.

O outro rapaz, de 34 anos, estava mais próximo da calçada, como se tivesse tentado fugir. Equipes de investigadores da DH investigam o local em busca de mais informações.

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