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A maioria dos deputados estaduais considera que a contratação de parentes de agentes públicos para cargos de confiança é um ato legítimo, desde que os familiares sejam qualificados. Em pesquisa realizada pela Gazeta do Povo foram ouvidos 53 deputados, dos quais 34 parlamentares entendem que a competência é um critério que justifica a contratação de parentes sem concurso público.

Outros dois deputados avaliam que a contratação é legítima porque familiares são de confiança e treze se posicionam contra o nepotismo, entendendo que é imoral em qualquer circunstância. Apenas um deputado, Fernando Carli Filho (PSB), não foi encontrado.

A pesquisa indicou também que as opiniões dos deputados não estão vinculadas a linhas ideológicas ou partidárias. Posições favoráveis e contrárias à prática do nepotismo são encontradas entre parlamentares tucanos, petistas, democratas, petebistas e peemedebistas. Do lado dos que consideram que a qualificação legitima a contratação de parentes está o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Nelson Justus (DEM). Porém condena o excesso. "Conheço prefeito que emprega 14 parentes, isso é um absurdo. Acredito que não pode haver abusos. Sou a favor do equilíbrio", disse.

Já o deputado Tadeu Veneri (PT), autor do Projeto de Emenda Constitucional (PEC) contra o nepotismo na legislatura passada, está entre os que acham a prática imoral. Para Veneri, não há parâmetro objetivo que estabeleça que familiares são mais qualificados que outras pessoas. "Não há sustentação legal nesse argumento. É muito subjetivo", declarou.

Prazo para demissão no estado termina nesta segunda

O prazo dado pelo Ministério Público para que o governo estadual cumpra a recomendação que pede a exoneração de familiares em até terceiro grau – do governador, do vice e de secretários de estado – que estão em cargos comissionados termina nesta segunda-feira (2). O prazo para o Executivo estadual informar sobre eventuais demissões vai até o dia 12 de julho. Nem a Casa Civil, nem a Procuradoria Geral do Estado esclareceram que medidas o governo pretende tomar. Se as demissões não acontecerem, o MP pode entrar na Justiça com uma ação civil pública contra o estado, como ocorreu no caso do Tribunal de Contas e da Prefeitura de Curitiba, que não cumpriram recomendação semelhante.

Já a Assembléia Legislativa tem até quinta-feira para apresentar informações ao MP sobre as exonerações que venha a efetivar. Dos 54 deputados, 30 encaminharam ofício ao MP afirmando não manter parentes em cargo comissionado.

Leia reportagem completa no site da versão impressa do jornal Gazeta do Povo (conteúdo restrito para assinantes)

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