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Todos os acusados já tinham passagens pela polícia. Dois eram foragidos
Uma carga de 238 computadores foi recuperada pela polícia, no fim da tarde de quinta-feira (26), em Curitiba. Os equipamentos pertencem à rede Magazine Luiza e haviam sido roubados no dia 14 de agosto, quando a mercadoria estava nos galpões de uma transportadora. Quatro homens foram presos na ação. A polícia acredita que dois deles sejam integrantes da quadrilha que roubou o material.
A ação policial começou por volta das 18 horas de quinta, em uma residência no bairro Água Verde. No local policiais da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) prenderam o proprietário da casa, Odilon Stephens, de 52 anos, além da dupla Kessler Gauna Batista, de 31 anos, e Claudinei Manhaes Merchor, de 31 anos. De acordo com a polícia, Stephens é integrante de uma quadrilha especializada em roubo de cargas e negociava a venda dos computadores aos outros dois.
Segundo o delegado Vinícius Martins, após a prisão, Stephens acabou revelando onde a carga roubada estava estocada. Com a informação, as equipes da DFR seguiram para o bairro Boqueirão, onde encontraram os computadores, guardados em uma casa de madeira, na Rua Bom Jesus do Iguape. "As máquinas lotavam dois quartos do fundo da residência", disse Martins. O proprietário da casa, Wilson Machado de Oliveira, 34 anos, foi preso em flagrante.
O roubo
Os computadores foram roubados na noite de 14 de agosto, quando pelo menos dez homens armados invadiram uma empresa de transportes situada em Araucária. Segundo a polícia, os bandidos renderam os seguranças e obrigaram-nos a carregar os equipamentos para o caminhão. O grupo fugiu, deixando os vigilantes amarrados, em um dos banheiros da empresa. Na ação, os ladrões usaram um caminhão Iveco, um Palio e um Opala.
Segundo a DFR, na ocasião, foram levados 400 computadores. A polícia vai ampliar as investigações para saber o que aconteceu com o restante da carga. "Pode ser que parte desse equipamento já tenha sido vendida. Com certeza, trata-se de uma quadrilha especializada, que já cometeu outros roubos", disse o delegado Silvan Rodney Pereira, titular da DFR.
Defesa
O advogado Paulo de Castro, responsável pela defesa de Stephens e de Batista negou a participação de seus clientes no esquema. De acordo com ele, a dupla receptou um computador roubado. A máquina serviria como um "mostruário", com o qual eles esperavam repassar o restante da carga a terceiros. "Eles não integravam nenhuma quadrilha. Não vai haver reconhecimento, porque eles não participaram de nenhum assalto", disse.
Os quatro têm passagens pela polícia, por diversos crimes, como porte ilegal de arma, estelionato e furto. Merchor e Oliveira são foragidos da colônia penal. Todos foram indiciados por receptação de produtos roubados e formação de quadrilha.
