A Rua Monsenhor Ivo Zanlorenzi será fechada parcialmente na noite desta sexta-feira (7). Duas faixas do lado esquerdo da via vão ficar bloqueadas entre as ruas Eduardo Thá e Antônio Brzowsky, no bairro Mossunguê. As duas pistas do lado direito da rua estarão liberadas para os motoristas que passarem pela região.
Neste trecho, será realizada uma manifestação organizada pelas famílias de Gilmar Rafael Yared e Carlos Murilo de Almeida. Os dois rapazes morreram no dia 7 de maio de 2009, depois de um acidente de trânsito provocado pelo ex-deputado estadual Fernando Ribas Carli Filho. Para marcar a data que representa um ano do acidente, os familiares vão realizar um culto ecumênico, previsto para começar às 19h30.
O tráfego vai ficar parcialmente bloqueado para os motoristas a partir das 19h, segundo informações da Diretoria de Trânsito (Diretran) de Curitiba. A intervenção deve durar até por volta das 22h. Viaturas da Diretran estarão no local e agentes vão orientar os condutores que trafegarem pela região. Além dos Mossunguê, a Rua Monsenhor Ivo Zanlorenzi passa por três bairros - Cidade Industrial de Curitiba, Campo Comprido e Campina do Siqueira e faz a ligação destas regiões com o Centro da capital.
Segundo Cristiane Yared, mãe do rapaz, o evento vai contar com a participação de um padre, um pastor e dois cantores. Eles vão pedir por mais segurança, blitze e radares em funcionamento. A família vai fazer um apelo para que as imagens registradas pelos radares no momento do acidente sejam encontradas.
O acidente
O acidente envolvendo o ex-deputado aconteceu na madrugada do dia 7 de maio do ano passado. Carli Filho conduzia um Volkswagen Passat de cor preta, que acabou batendo contra um Honda Fit de cor prata. Os ocupantes do Fit, Gilmar Rafael Yared, de 26 anos, e Carlos Murilo de Almeida, de 20, morreram na hora.
O caso ganhou repercussão nacional após a Gazeta do Povo revelar que Carli Filho tinha 130 pontos na carteira de habilitação. Exame realizado pelo Instituto Médico Legal (IML) ainda comprovou que ele conduzia o veículo em estado de embriaguez. O acidente expôs um histórico de multas de políticos e de 68 mil cidadãos que dirigiam com a carteira de habilitação suspensa.
Carli Filho renunciou ao cargo de deputado estadual no dia 29 de maio do último ano, o que fez com que ele perdesse o foro privilegiado. O ex-deputado prestou depoimento à polícia no apart hotel onde estava hospedado em São Paulo no dia 9 de junho. Ele disse não se lembrar de nada do acidente.
Após três pedidos de prorrogação de prazo, o delegado Armando Braga de Moraes concluiu o inquérito e indiciou Carli Filho por duplo homicídio com dolo eventual no dia 11 de agosto de 2009.
Julgamento
No início de março deste ano, a Justiça começou a ouvir as testemunhas de defesa e acusação. A previsão é de que Carli Filho seja interrogado no segundo semestre deste ano, mais de um ano depois do acidente. Somente depois de ter acesso a todos os depoimentos é que o juiz da 2.ª Vara do Tribunal do Júri, Daniel Ribeiro Surdi de Avelar, decidirá se o ex-deputado irá ou não a Júri Popular.
Confira o trecho que vai ficar parcialmente bloqueado para os motoristas na noite desta sexta-feira:



