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evento, chamado “Piquenique dos Sabiás”, foi o terceiro encontro do grupo, que começou com cerca de três pessoas e atualmente tem 1,7 mil apoios no Facebook | Hugo Harada / Gazeta do Povo
evento, chamado “Piquenique dos Sabiás”, foi o terceiro encontro do grupo, que começou com cerca de três pessoas e atualmente tem 1,7 mil apoios no Facebook| Foto: Hugo Harada / Gazeta do Povo
  • Foram servidos cerca de 500 bolinhos caseiros aos participantes, que foram recepcionados com um tapete vermelho estendido na entrada do local

Um grupo de pessoas se reuniu na manhã deste domingo (21) em frente ao Bosque Gomm, no Batel, para uma manifestação pela preservação da área. O local tem sido alvo de uma polêmica desde que veio à tona a informação de intervenção em uma área de preservação ambiental com a construção do Shopping Pátio Batel. Uma obra viária faz parte do projeto do empreendimento, com o objetivo de minimizar o impacto do aumento do trânsito previsto na região.

A ação é promovida pelo Grupo Salvemos o Bosque da Casa Gomm. Segundo os organizadores do evento, moradores do bairro, membros de organizações ambientais e outros apoiadores passaram pelo local, reunindo cerca de 60 pessoas. A intenção do grupo é alertar as pessoas para uma modalidade diferente de urbanismo, voltado para as pessoas.

Por volta das 10 horas, o grupo começou a se reunir. Foram servidos cerca de 500 bolinhos caseiros aos participantes, recepcionados com um tapete vermelho estendido na entrada do local.

O evento, chamado "Piquenique dos Sabiás", foi o terceiro encontro do grupo, que começou com cerca de três pessoas e atualmente tem 1,7 mil fãs na página Salvemos o Bosque da Casa Gomm, no Facebook. Por volta do meio-dia, uma forte chuva obrigou os participantes a se abrigarem na Casa Labirinto, que fica a cerca de 100 metros do bosque. Em seguida, os participantes foram embora.

Liminar proibiu intervenção

No último dia 28 de junho, a Justiça decidiu, em caráter liminar, proibir o grupo Soifer – responsável pela obra do Shopping Pátio Batel – de realizar qualquer intervenção no bosque da Casa Gomm, patrimônio tombado pelo Conselho Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico (CEPHA). A decisão foi tomada pelo juiz Marcos Vinicius da Rocha Loures Demchuck, da 5ª Vara Cível de Curitiba, após ação popular movida por Carlos Seará Muradas. Morador da região, o engenheiro civil entrou na Justiça contra a derrubada de árvores do bosque depois de uma matéria da Gazeta do Povo sobre o assunto.

Construída em 1913, os dois pavimentos e o sótão da Casa Gomm, além do seu entorno, são tombados pelo Processo 04/1988, do Cepha. Originalmente, o imóvel centenário ocupava o espaço onde foi erguido o novo shopping e ele foi removido para um fundo de vale no mesmo terreno. A mansão passou por um restauro orçado em R$ 160 mil, custeado pelo empresário Salomão Soifer.

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