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Após as recentes cenas de violência no presídio de Pedrinhas, no Maranhão, 22 presos foram transferidos de lá para penitenciárias federais. Segundo informou nesta quarta-feira (8) o Ministério da Justiça, o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) analisa ainda abrir outras vagas para isolamento de mais detentos envolvidos nos casos.

O ministério ainda não detalhou para quais penitenciárias federais esses presos foram mandados, nem quantos ainda precisam ser transferidos.

Depois da divulgação de vídeos que mostram presos decapitados dentro do presídio de Pedrinhas, a Organização das Nações Unidas (ONU) pediu investigação do caso.

Faltam policiais no Maranhão, admite secretário-adjunto

O secretário-adjunto de Segurança Pública do Maranhão, Laércio Mendes, admitiu nesta quarta-feira que o número efetivo de polícia do Estado - que tem média de um policial para cada 890 habitantes - é insuficiente. "Nós temos o menor efetivo do Brasil. Enquanto a ONU recomenda um policial para cada 300 habitantes, nós temos aqui um para 890", disse Mendes. Em entrevista à Rádio Estadão, ele fez questão de ressaltar que o Maranhão já fez concurso público para a polícia e que os novos homens estarão nas ruas até fevereiro.

O secretário-adjunto negou que a situação da violência no Estado tenha piorado nos últimos 7 anos, período de governo de Roseana Sarney (PMDB). Ele colocou a culpa pela piora de índices no cenário de poucos policiais encontrado pela administração de Roseana.

Questionado sobre a necessidade do envio de homens da Força Nacional de Segurança Pública para o Estado, o secretário-adjunto afirmou que a ajuda seria bem-vinda. A Força Nacional está no Maranhão há cerca de 60 dias, mas atua apenas no sistema prisional. "A presença da Força Nacional é bem-vinda, vai nos ajudar muito", disse.

A opinião de Martins é diferente da exposta nesta terça-feira (7), pelo subcomandante Geral da Polícia Militar do Maranhão, coronel João Alfredo Nepomuceno, que disse ontem que o reforço federal não é necessário. Os dois, porém, concordam ao afirmar que a violência na região metropolitana de São Luís está sob controle. Até o momento, 20 pessoas que participaram dos ataques foram presas.

A recente onda de violência no Estado começou dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, onde somente este ano duas pessoas morreram. A crise no sistema carcerário ganhou as ruas da capital na semana passada. Presidiários deram ordens para que bandidos queimassem quatro ônibus e atirassem em uma delegacia de polícia.

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