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A agência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de Maringá não está atendendo a requerimentos de aposentadoria e pensão. A informação é do gerente executivo do INSS na região, Valmir Tomaz. A interrupção se deve à greve de 26 funcionários da agência, que estão parados desde a última terça-feira (23). Em Campo Mourão, no Noroeste, onde 10 funcionários também aderiram ao movimento, o atendimento é normal.

De acordo com Tomaz, a agência de Maringá atende entre 80 e 100 pedidos de aposentadoria e pensão por dia, o que corresponde a 35% da demanda da agência. Como 14 dos funcionários grevistas trabalham no setor de atendimento ao público, os requerimentos estão sendo reagendados. Tomaz informa que o prazo para os novos atendimentos é inferior a 30 dias.

"Apesar do reagendamento, o cidadão não vai ter prejuízo, pois quando os pedidos forem emitidos o INSS vai considerar, para todos os efeitos, a data do primeiro agendamento feito pelo contribuinte", esclarece Tomaz.

Os outros serviços da agência, como auxílio-doença e perícia médica, que correspondem a 65% da demanda diária, são oferecidos normalmente.

A agência de Maringá tem 47 funcionários, dos quais 22 (46%) estão em greve. De acordo com os grevistas, o número de funcionários parados é maior: totaliza 26.

Reunião em Curitiba

Os líderes do movimento grevista de Maringá vão nesta segunda-feira (29) a Curitiba, onde se reunirão com representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Saúde (SindPrevsPR) de outros municípios do Estado, para discutir os rumos da greve.

O movimento grevista já atinge outros 16 estados, além do Paraná. A greve segue apesar de o Superior Tribunal de Justiça (STJ) ter concedido, na semana passada, uma liminar determinando a suspensão do movimento.

Reivindicações

A principal motivação para a greve em Maringá é desfazer o aumento da jornada de 30 para 40 horas semanais. "O governo está propondo que quem não trabalhar as 30 horas tenha o salário reduzido, e somos contra isso. Essa jornada é uma conquista de 25 anos que não pode ser perdida", explicou Carlos Antônio do Amaral Rodrigues, delegado do SindPrevsPR em Maringá.

Os servidores também querem que o ticket alimentação, atualmente de R$ 126, seja elevado para R$ 400. Também há reclamações de assédio moral no ambiente de trabalho.

A última greve no INSS de Maringá aconteceu em 2006, quando cerca de 70% dos funcionários ficaram parados por 27 dias, com reividicações semelhantes às de agora.

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