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As agências do Bradesco em Maringá ficaram abertas durante todo o dia, nesta sexta-feira (1º), mesmo com a adesão dos funcionários à greve nacional dos bancários. O banco conseguiu na Justiça uma liminar de interdito (ação jurídica que tenta impedir ameaça à propriedade), que impede que os grevistas façam manifestações em frente ao banco. Dessa forma, a gerência conseguiu abrir a agência. A determinação é válida para toda região de atuação do Sindicato dos Bancários de Maringá.

Segundo o secretário para assuntos jurídicos do sindicato, Odilon Carlos de Oliveira, a entidade já protocolou recurso contra a liminar, no Tribunal Regional do Trabalho, em Curitiba. Os grevistas esperam que a decisão seja revista o quanto antes, mas a princípio, as agências do Brasdesco devem abrir na segunda-feira (4), em Maringá.

"O interdito na prática é um instrumento devastador na nossa base. Recurso está nas mãos do juiz", disse Oliveira. Mesmo assim, ele garante que a greve ganhou mais adesão e cerca de 45 bancos ficaram fechados. "Itaú fechou todos, HSBC também", disse ele. O sindicato está monitorando os funcionários do Banco do Brasil e pode convocar nova assembleia a qualquer momento, caso os bancários queiram rever a decisão de não aderir ao movimento. Por enquanto, apenas as agências do BB têm garantia de abertura.

Somente em Maringá, 37 das 58 agências interromperam o atendimento ao público por tempo indeterminado. De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários de Maringá e Região, Claudecir de Souza, a expectativa é de que a adesão aumente a partir de segunda. "Estamos concentrados para conscientizar os colegas e a população sobre nosso movimento", explicou.

Reivindicações

A principal reivindicação da classe é o reajuste salarial. Segundo o sindicato, a classe patronal apresentou proposta de reposição salarial de 4,29%, que corrige apenas a inflação do período, e não dá ganho real. A categoria reivindica 11%. "Além disso, pedimos a contratação de mais funcionários, fim do assédio moral e fim das metas abusivas", afirmou Claudecir de Souza, presidente do sindicato em Maringá.

A Federação Nacional do Bancos (Fenaban) divulgou nova nota à imprensa sobre o movimento grevista. A entidade entende a paralisação nacional como radicalização e alega que o sindicato abandonou a mesa de negociações. A nota afirma que "os bancos manifestam sua firme intenção de adotar todas as medidas legais cabíveis e necessárias para garantir o acesso e o atendimento da população nas agências e postos bancários". Segundo a entidade o reajuste de 4,29% é o patamar inicial, e que, a partir desse índice mínimo, poderão ser negociados valores que permitam aumento real aos funcionários.

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