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mais segurança

Após rebelião, Penitenciária Estadual de Maringá muda local de trabalho dos presos

Trabalho com objetos cortantes continuará sendo feito, mas em ambiente onde presos e carcereiros não terão contato direto. Mudança atende a pedido dos agentes

A direção da Penitenciária Estadual de Maringá (PEM) isolou o local onde ocorreu a rebelião de quinta-feira (29) . O espaço não será mais usado para a restauração de livros, atividade que envolve objetos cortantes. Estes foram usados para desencadear o motim. As atividades serão realizadas em uma ala considerada mais segura. A decisão foi tomada em reunião entre a direção da PEM e os agentes, na manhã desta sexta-feira (30).

A medida atende a um pedido do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sisdarspen). Um agente penitenciário foi feito refém, o que revoltou a categoria. De acordo com o presidente do Sindarspen, José Roberto Neves, a entidade já havia alertado a direção para o risco de rebelião naquele setor do presídio.

Para iniciar o motim, os detentos usaram tesouras que foram cedidas pela própria PEM e renderam o carcereiro e outros dois detentos. Segundo Neves, as atividades exercidas no setor eram consideradas de risco e o sindicato já havia solicitado que o trabalho fosse suspenso.

A atividade que os presos desenvolviam no setor consiste na restauração de livros da Biblioteca da Universidade Estadual de Maringá (UEM), tarefa que exige o uso de tesouras e estiletes. "Esse é um problema sério que se repete em outras penitenciárias do estado. Em Ponta Grossa já morreu um preso com instrumento cedido para o trabalho. Não tem como manter essas atividades sem expor a segurança dos agentes", diz Vilson Brasil, também representante do Sisdarspen.

Segundo o diretor da PEM, o coronel Eduardo Krevieski, a medida seria tomada mesmo sem o pedido do sindicato. "Pensamos na segurança do agente. Escolhemos um local (para o trabalho) aqui dentro onde o agente não fica no interior do ambiente com o preso". No novo local, as tesouras e estiletes serão entregues aos presos através das grades.

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