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Dois assaltos semelhantes e simultâneos, na madrugada de quarta-feira (21) para quinta-feira (22), em fazendas das regiões Norte e Noroeste terminaram com famílias reféns e nenhum bandido preso. Em Apucarana, os ladrões levaram bens como carros e tratores. Em Atalaia, o grupo buscava especificamente agrotóxicos e insumos agrícolas. O delegado Osmir Neves Junior, que atendeu o assalto em Atalaia, não descarta uma relação entre as ocorrências.

De acordo com Junior, delegado de Nova Esperança, a polícia investiga a atuação de um homem que seria o mandante de ações como essa. O suspeito seria responsável por assaltos em fazendas do interior de São Paulo, Mato Grosso do Sul e no Paraná.

"Não são muitas as quadrilhas que atuam nesse sentido. Não é descartada [a relação entre as ocorrências], pois o vínculo dele [suposto mentor] é nesta região", disse o delegado.

Nas demais ações investigadas, os integrantes presos eram todos das regiões de Londrina e Maringá, o que reforça os indícios de relação entre os crimes.

Família refém em Apucarana

Em Apucarana, a família ficou refém dos assaltantes por quase seis horas. O grupo era formado por pelo menos três bandidos. Eles invadiram a propriedade por volta das 19h da quarta-feira (21) e saíram apenas na madrugada da quinta-feira.

Depois de render os moradores, os bandidos os trancaram em um dos quartos. As vítimas só conseguiram sair do cômodo no início desta manhã. O grupo levou vários eletrodomésticos, um carro, uma motocicleta e um trator.

O superintendente da Polícia Civil de Apucarana, Roberto Francisco dos Santos, afirmou que está investigando a possibilidade de que os autores sejam de Londrina. De acordo com ele, no ano passado uma quadrilha da cidade, que atuava na região, foi presa com mercadoria proveniente desse tipo de roubo. "Pode ser o mesmo grupo ou pessoas ligadas", disse.

Crime em Atalaia

Em Atalaia, os bandidos chegaram também por volta de 19h do sábado e deixaram o local perto das 3h desta quinta. De acordo com o delegado Junior, o grupo era formado por sete homens, todos armados, que renderam e fizeram reféns vários funcionários. Um carro e um caminhão foram levados, mas o alvo dos assaltantes, segundo o delegado, eram os insumos.

"O que chama atenção é que o veneno tinha acabado de chegar à propriedade. É um produto caro e com volume pequeno, podendo ser levado facilmente", explicou. As cooperativas já procuram entregar o veneno em pequenas quantidades para os agricultores de forma a não chamar atenção dos assaltantes".

A quantia de agrotóxico levada da fazenda em Atalaia era suficiente para ser aplicada em toda a plantação de 120 mil pés de laranja.

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