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Após a greve

Atendimento demora mais de 1h30 em agências bancárias de Maringá

Clientes registraram queixas no Procon contra longa espera nesta segunda, dia de retorno dos bancários ao trabalho após 23 dias de paralisação. Multa a bancos poderá variar entre R$ 20 mil e R$ 85 mil

No primeiro dia de atendimento após a greve dos bancários, o Procon de Maringá recebeu pelo menos 15 reclamações sobre a demora no atendimento nas agências da cidade. Segundo o diretor do órgão, João Luiz Agner Regiani, clientes relataram espera superior a 1h30, enquanto a lei exige que o atendimento seja realizado em, no máximo, 20 minutos. O diretor afirma que as multas poderão variar entre R$ 20 mil a R$ 85 mil, dependendo da situação e reincidência do banco. Segundo eles, todos os bancos com agências na cidade foram alvos de reclamações.

Equipes de fiscalização do Procon visitaram 25 agências bancárias ao longo desta segunda-feira (14) para verificar o atendimento. Apesar das visitas, o órgão não atuou diretamente qualquer estabelecimento. "Optamos em realizar orientação aos clientes para que eles viessem ao Procon e formalizassem o problema. Se as equipes fossem esperar pelo atendimento em cada unidade, não conseguiríamos fiscalizar todos os locais estabelecidos." O diretor explicou que as 25 agências foram escolhidas por apresentarem os maiores números de atendimentos diários.

Apesar das reclamações registradas no Procon, o vice-presidente do Sindicato dos Bancários, Carlos Rodrigues, alegou que a situação foi tranquila em todas as agências da cidade e que a demora no atendimento é consequência do acúmulo de trabalho que ocorreu por conta da greve. "Acreditamos na compreensão dos clientes e da fiscalização nesses primeiros dias."

Apesar de o atendimento ao público ser oferecido em horário normal, das 11h às 16h, o acordo entre sindicatos e bancos prevê que funcionários poderão trabalhar em atividades internas em horários especiais, até 13 de dezembro, para normalizar o serviço caso seja necessário.

O vice-presidente do sindicato da categoria explicou, também, que os bancos poderão solicitar ao Banco Central a permissão de atender clientes em horários especiais. Nesta segunda-feira (14), por exemplo, o Banco Itaú de Maringá iniciou o atendimento aos seus correntistas às 8 horas. "Não temos informação se horário será oferecido também nos próximos dias ou se esta foi uma situação específica para o primeiro dia de atendimento", explicou Rodrigues.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do Banco Itaú para esclarecer e informar sobre o possível horário especial de atendimento, mas até as 18h15 não havia obtido retorno.

Multas durante a greve

Durante a greve dos bancários, o Procon de Maringá aplicou R$ 1,3 milhão em multas a sete agências locais por problemas no atendimento básico à população. "As irregularidades detectadas [na primeira semana da greve] se referem à falta de auxiliar para orientar a utilização do autoatendimento; a desativação de alguns serviços dos caixas eletrônicos, como o saque, o depósito e a transferência eletrônica; e até a não disponibilização de envelopes para depósitos", citou o diretor órgão, João Luiz Agner Regiani.

O vice-presidente do Sindicato dos Bancários de Maringá e Região, Carlos Roberto Rodrigues, disse na ocasião que os bancários iriam lutar para anular as multas do Procon.

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