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Paiçandu

Bactéria que auxilia produção de milho será apresentada pela Cocamar e UEM

A Azospirillum será usada comercialmente pela primeira vez neste ano, mas produtores ainda têm medo da novidade

Apresentação faz parte de trabalho de iniciação científica e visa melhora na produção de milho |
Apresentação faz parte de trabalho de iniciação científica e visa melhora na produção de milho (Foto: )

Um grupo de alunos do 4º ano de Agronomia da Universidade Estadual de Maringá (UEM) decidiu levar a sério o conceito da disciplina de Extensão Rural. Juntamente com a Cocamar, eles promovem nesta quinta-feira (23) um dia de campo para demonstrar, na prática, os resultados de um trabalho de iniciação científica na área de fertilidade de solos e nutrição de plantas. O objetivo é destacar o consórcio milho safrinha-braquiária e a inoculação das sementes de milho com a bactéria Azospirillum (fixação de nitrogênio e promoção de crescimento vegetal)

As estações de campo vão mostrar experimentos de milho safrinha e braquiária, que, no cultivo consorciado, têm a função de melhorar aspectos químicos, físicos e biológicos da planta e do solo. Descompactação, elevação da matéria orgânica do solo, combate à erosão e menor incidência de doenças são alguns dos benefícios desejáveis.

Com a adoção da técnica do consórcio, explica Luiz Tadeu Jordão, um dos acadêmicos responsáveis pela organização do evento, observa-se ainda reflexos na produtividade. Usan­­do números da Embrapa Soja, ele diz que a produtividade da safrinha pode se reduzir em até 7%. A soja, porém, cultivada sobre a palhada do consórcio, tem potencial para um rendimento 10% maior. Em média, de 5 a 6 sacas por hectare.

Sobre a Azospirillum, o acadêmico esclarece que "as pesquisas mostram que a inoculação das sementes de milho pode proporcionar in­­crementos na produtividade variando entre 5% a 30%". A variação, segundo Jordão, é resultante das diferentes condições climáticas, tipos de solos e utilização de diferentes híbridos de milho en­­con­­trados no Brasil.

A safra 2009/10 foi o primeiro ano agrícola co­­mercial do Azospirillum no Bra­­sil. Dessa forma, ele destaca que ainda são necessárias mais pesquisas a fim de otimizar a utilização e os efeitos benéficos dessa bactéria.

De acordo com Jordão, a iniciação científica não é obrigatória dentro da universidade. "É interesse do próprio acadêmico em aprofundar conhecimentos em áreas específicas. Uma ferramenta que auxilia na formação profissional, dando suporte para enfrentarmos situações que normalmente não conhecemos dentro de sala de aula."

Para o professor Antonio Saraiva Muniz, do Departamento de Agronomia da UEM, "o aspecto relevante está na natureza aplicada da pesquisa, que possibilita ao estudante avaliar uma tecnologia específica e sua viabilidade de uso, bem como apreender as especificidades do método científico, que abrange o tripé em que se apoia a universidade: ensino, pesquisa e extensão".

Serviço:

O dia de campo será realizado dia 24 (quinta-feira) na propriedade Versari, no município de Paiçandu, a 15 quilômetros de Maringá. As parcelas estarão abertas à visitação a partir das 13 horas. As palestras e a apresentação dos resultados das pesquisas têm início às 13h30.

Informações: www.fertilidadedesolos.blogspot.com.

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