Conselho de Segurança teme aumento de violência com penitenciária de semiliberdade

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O Conselho Comunitário de Segurança de Maringá (Conseg) é contra a criação da Penitenciária de Semiliberdade de Maringá. A retomada das obras da penitenciária, que estavam paradas há seis anos, foi anunciada na última semana pelo governador Roberto Requião (PMDB). Na avaliação do Conseg - que promove nesta segunda-feira (26) uma reunião para discutir o tema - muitos presos em regime de semiliberdade se envolvem novamente com a criminalidade e isso pode aumentar a violência na cidade.

A penitenciária, cuja finalização custará R$ 4,8 milhões, receberá até 300 presos de toda a região, o que também contraria o Conseg. "Você traria para cá presos de todas as regiões do estado para que eles ficassem soltos durante o dia, circulando pelas ruas. A maioria dos presos da semiliberdade foge do regime e é usada por estruturas do crime organizado", afirma o diretor executivo da entidade, Everaldo Belo Moreno.

Ele aponta como exemplo negativo dessa experiência da Colônia Penal Agrícola do Paraná (CPA), em Piraquara. "Há muitos crimes cometidos por internos do regime semiaberto". O próprio governador Requião, em ocasiões anteriores, reconheceu o problema.

Para resolver a questão, o Conseg propõe a criação de pequenas unidades de semiliberdade em diversos municípios, o que facilitaria a reintegração do preso, dada a proximidade do mesmo com a família. Em Maringá, a opção seria usar o barracão da penitenciária para a instalação de uma unidade industrial, a exemplo do que existe em Guarapuava e Cascavel. "A estrutura seria facilmente adaptada para esse fim."

Belo afirma que a proposta será apresentada ao Governo do Estado.

Em nota, a Secretaria Estadual da Justiça e da Cidadania informa que as obras serão retomadas de forma regular, assim que seja autorizado o processo de abertura de licitação para conclusão da unidade. O projeto já existia anteriormente, e as obras foram paralisadas por determinação da Justiça.