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O dono do Rey das Chaves, Éder Campinha, só vai se pronunciar sobre as acusações de fraudes em carros usados que seriam vendidos se a Justiça acatar a denúncia feita pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na quarta-feira (15). A informação foi confirmada por telefone na manhã desta sexta-feira (17) pelo advogado de Campinha, Jaime Siqueira.

Campinha é acusado de envolvimento em um esquema de fraude que envolveria, também, a Arildo Veículos. Ele foi denunciado por adulteração de velocímetro em coautoria e por continuidade delitiva com os outros dois denunciados, Arildo Aparecido de Souza e Ester Alves Bueno de Souza, donos da Arildo Veículos.

O Gaeco sustenta que a alteração do velocímetro tinha por objetivo agregar mais valor a veículos usados que seriam vendidos mais tarde. Alguns desses veículos também teriam se envolvido em batidas, mas foram consertados para o momento da comercialização.

Questionado sobre a denúncia contra Campinha, o advogado Jaime Siqueira se limitou a dizer que, no momento, o cliente não vai se posicionar. "Não podemos alegar inocência ou não, porque não tivemos informações sobre o processo. O que eu e meu cliente sabemos sobre a denúncia é o que foi divulgado pela imprensa."

Apesar disso, Siqueira contou que Campinha foi convocado pelo Gaeco, no início deste ano, a prestar esclarecimentos sobre as supostas fraudes, de modo que tinha conhecimento sobre a investigação. "Ele disse aos investigadores que havia prestado serviço a Arildo Veículos, mas eram serviços normais de chaveiro. Não tem ligação alguma com essa questão dos velocímetros."

De acordo com a denúncia apresentada pelo Gaeco à 1ª Vara Criminal de Maringá, a investigação começou em junho de 2012.

Outros acusados

A reportagem da Gazeta Maringá entrou novamente em contato com o advogado Waldemar Júnior, que representa Arildo Aparecido de Souza e Ester Alves Bueno de Souza, na manhã desta sexta-feira (17). O advogado reafirmou que os donos da Arildo Veículos não vão se pronunciar sobre o caso.

Na quinta-feira (16), Júnior afirmou que Arildo e Ester são inocentes. "A alegação de que a Arildo Veículos trabalha com carros batidos e recuperados para enganar o consumidor não procede."

Segundo o advogado, em mais de 10 anos de atuação da empresa nunca foi registrada qualquer reclamação em órgãos de defesa do consumidor sobre a procedência dos veículos. "Ao comprar um carro, qualquer pessoa pode levá-lo ao mecânico de sua confiança para verificar as condições do produto. Mesmo assim, a Arildo Veículos nunca recebeu qualquer queixa."

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