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Empresa apresenta problemas com pagamento de funcionários em vários estados

A Adminas também prestava serviços terceirizados para o Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba. Em agosto, quando entrou em processo de falência, a empresa suspendeu o pagamento de 57 profissionais responsáveis pela central de agendamento de consultas e outras atividades administrativas. Além dos salários, os trabalhadores ficaram à espera da rescisão do contrato de trabalho.

Matéria publicada pelo jornal Correio Braziliense em agosto deste ano apontou que a Adminas também não havia pago os salários de terceirizados que atuavam no Ministério da Justiça, no Ministério da Integração e no Banco do Brasil.

A reportagem da Gazeta Maringá tentou contato com a empresa, mas ninguém atendeu às chamadas. No site da Adminas, há o seguinte comunicado: "em razão do volume de ligações que estamos recebendo, nosso acesso está congestionando".

Algumas pessoas que trabalharam durante o recadastramento biométrico em Maringá acionaram a Justiça para receber salários, multas e benefícios atrasados. O grupo alega que a Adminas Administração e Terceirização - empresa mineira contratada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) para fornecer mão-de-obra – não honrou com seus compromissos.

Responsável por cinco processos de terceirizados que foram contratados pela Adminas, a advogada Thaissa Figueiredo alega que a empresa atrasou o salário logo no segundo mês de trabalho. "Alguns funcionários pediram demissão por conta dos atrasos, enquanto outros foram demitidos sem direito algum, como reserva rescisória, décimo terceiro e proporcional de férias."

A advogada entrou com ação na Justiça do Trabalho e a primeira audiência de conciliação ocorreu no fim do mês passado. Ela informou que o TRE mandou representantes que não quiseram fazer acordo, sob alegação de que a Adminas é totalmente responsável pelos pagamentos. Nenhum representante da Adminas esteve presente. No entanto, ela afirma que se a empresa não arcar com o prejuízo, acionará a Justiça para que o TRE quite as dívidas.

Uma das trabalhadoras lesadas foi Sara Vanessa Ribas, que trabalhou durante seis meses para o TRE. Ela informou que não recebeu o último salário nem as multas pelo atraso. Sara estava recebendo seguro desemprego e abriu mão do beneficio para assumir a vaga no TRE.

"Fiquei com várias contas atrasadas. Além disso, não sei como, mas a Adminas depositou e conseguiu estornar o valor do FGTS. Nunca imaginei que levaria calote trabalhando para o TRE. Achei que houvesse seriedade na hora de terceirizar um serviço. Pelo visto, não existe. No segundo mês de trabalho, muita gente quis desistir."

Contrato do TRE com a Adminas foi rescindido

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) informou que a Adminas foi contratada para fornecer mão-de-obra para auxiliar no recadastramento biométrico no período de 3 de abril e 4 de outubro deste ano. No entanto, diante do atraso no salário dos terceirizados, o contrato foi rescindido em agosto. Para a continuidade dos trabalhos foi contratada a segunda colocada na licitação, a empresa RHNossa.

Em nota divulgada à imprensa, a assessoria do TRE explicou que todos os créditos que a Adminas tinha com o tribunal foram retidos para garantir o pagamento dos direitos trabalhistas dos terceirizados.

"A Adminas apresentou os cálculos das verbas rescisórias e o próprio TRE-PR efetuou os pagamentos diretamente aos trabalhadores. Como houve reclamação em juízo questionando diferenças de valores recebidos, atendendo a uma ordem judicial, o TRE do Paraná depositou em juízo o saldo restante dos créditos da empresa Adminas para quitar eventuais direitos dos terceirizados."

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