
A Secretaria da Assistência Social e Cidadania (Sasc) e o Conselho Municipal da Assistência Social (Comas) estão fiscalizando as entidades que utilizam o sistema de telemarketing beneficente em Maringá. As contas das entidades vêm sendo monitoradas desde dezembro de 2008, época em que entrou em vigor uma lei municipal que regulamente essa atividade. De acordo com o Sasc, três instituições beneficentes que utilizam o telemarketing para arrecadar recursos atuam conforme a lei.
As entidades interessadas em implantar o trabalho de telemarketing para obter recursos assistenciais devem apresentar projeto e plano de aplicação de recursos, além de indicar o período da campanha e meta total. Uma conta corrente ou conta poupança deve ser aberta em nome da entidade, específica para receber a arrecadação. As instituições devem prestar contas junto a Sasc.
Atualmente, segundo levantamento da prefeitura, a Legião da Boa Vontade (LBV), Creche Menino Jesus e Rede Feminina de Combate ao Câncer utilizam o telemarketing para obter recursos. Segundo a secretária de assistência social, Rosa Maria de Souza, as três entidades prestam conta da arrecadação e cumprem as exigências da lei.
Para ela, a fiscalização é importante para que a prefeitura tenha a certeza de que os recursos estão sendo destinados aos projetos de cada instituição.
Segundo Edna Giannasi, presidente regional da Rede Feminina de Combate ao Câncer de Maringá, atualmente, as vendas de sacos de lixo pelo telemarketing é a principal fonte de recursos da instituição. "Cerca de 60% da verba da Rede provém dos recursos captados pelo telemarketing", afirma. Ela diz que a cada dois meses a entidade presta conta ao Comas. "Obedecemos à lei e fazemos toda a prestação de contas necessária", explica.
A dona de casa Alzira Valério Sales faz doações mensalmente a Creche Menino Jesus e a Casa de Emaús, que atende portadores de HIV. Alzira se sente melhor sabendo que o dinheiro doado esta sendo fiscalizado pela prefeitura. "É uma garantia a mais de que o recurso esta sendo bem utilizado", diz.
A Casa de Emaús faz venda de sacos de lixo via telefone e não aparece na relação da prefeitura como usuária do telemarketing. De acordo com a gerente administrativa da entidade, Talita Emanuela Silva, a instituição está no cadastro da prefeitura, mas ainda está se adaptando as novas regras publicadas no final de 2008. "Estamos seguindo todos os passos que a prefeitura pediu. Está demorando um pouco por causa da burocracia, mas o telemarketing já opera nos moldes da lei", afirma.
A Sasc lembra ainda que as pessoas interessadas em verificar a seriedade e veracidade de uma entidade que possui o sistema de telemarketing podem entrar em contato com a secretaria, pelo telefone 3221-6400.




