Desde o início do ano os resíduos da construção civil só podem ser descartados em locais que tenham licença ambiental para atuar. Porém, muitas empresas descumprem a determinação e jogam os entulhos em carreadores e terrenos baldios em Maringá. Os Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) que deveriam estar instalados pela prefeitura para receber os resíduos sequer estão montados.
De acordo com Instituo Ambiental do Paraná (IAP), todos os resíduos só podem ser descartados em locais que possuam licença ambiental. Em Maringá, duas pedreiras têm a documentação, mas os chamados caçambeiros pagam taxas para depositar nesses locais o que faz o preço do serviço dobrar. Para fugir do valor alto, pessoas contratam empresas de coleta que cobram mais barato, não cumprem a lei e acabam descartando os entulhos em qualquer lugar.
Nas pedreiras, os entulhos são separados e enviados para indústrias onde os resíduos são reaproveitados. Para Rubens Reis, da Associação dos Caçambeiros, quem está trabalhando dentro da lei está tendo dificuldades e arcando com prejuízos. "Quem está descartando de maneira clandestina não está sendo fiscalizado e não tem nada a perder", reclama.
O chefe regional do IAP, Paulino Mexia tem fotos de empresas jogando entulhos em locais proibidos, mas até agora nenhuma empresa foi multada. A multa é de 35 mil. "A fiscalização está sendo falha, o município tem que disponibilizar as PEVs e as empresas particulares que fazem a reciclagem têm de integrar neste processo", explica.
Segundo o secretário de serviços públicos Vagner Mussio, existem quatro Pontos de Entrega Voluntária liberados pelo IAP na cidade e o primeiro deve entrar em funcionamento em 30 dias. "No máximo dois meses, todos vão estar montados", afirma.



