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manifestação

Ex-funcionários da Maringá Lixo Zero fazem protesto para receber salário e rescisão

Empresa que fazia o tratamento do lixo de Maringá não pagou o salário de junho nem o acordo demissional a 130 funcionários. Maringá Lixo Zero afirma que espera repasse da administração municipal

Cerca de 20 ex-funcionários contratados pela empresa Maringá Lixo Zero, que tratava o lixo do município usando a tecnologia Biopuster, fizeram um protesto nesta terça-feira (30) em frente à sede da empresa, em Maringá. Eles exigem o pagamento do salário de junho, o acerto financeiro decorrente da recente demissão e outros direitos trabalhistas. Aproximadamente 130 funcionários da empresa foram demitidos na quinta-feira (25), já que o contrato entre a Maringá Lixo Zero e a Prefeitura Municipal venceu em 12 de junho.

O protesto começou por volta das 9h e se estendeu até as 15h, quando três ex-funcionárias foram recebidas por um dos diretores da empresa, José Previdelli. Ele afirmou que o pagamento das pendências não foi feito porque a Prefeitura não encaminhou à empresa o dinheiro referente aos trabalhos deste mês, cerca de R$ 330 mil. O prazo venceu no dia 12 deste mês.

"Estamos aguardando esse repasse, porque sabemos que a situação dos funcionários é difícil. Todos trabalharam e têm direito a receber o dinheiro. Vamos fazer os depósitos assim que o dinheiro chegar", disse Previdelli.

A Prefeitura, por meio da assessoria de imprensa, confirmou que a última parcela ainda não foi paga e informou que isso será feito quando a Maringá Lixo Zeroconcluir o tratamento dos últimos resíduos orgânicos do aterro, o que demora cerca de 30 dias, dependendo das condições climáticas. Oito funcionários da empresa fazem o serviço.

Reclamações

Os ex-funcionários, que trabalharam por seis meses com serviços gerais, como a separação dos resíduos, afirmam que o acordo financeiro decorrente da dispensa inclui o pagamento proporcional de férias, 13º salário e Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Também não foi pago o salário referente ao mês de junho, que totaliza cerca de R$ 900, incluindo benefícios.

"Minha situação está difícil e tem gente que está pior. O meu marido ainda não está trabalhando e o que mais tem lá em casa é conta vencida", afirma a ex-funcionária Eliane Garcia, 25 anos.

Os ex-funcionários afirmam ainda que a segunda via do aviso prévio de demissão, que deveria ficar com eles, está com a própria empresa. "Eles disseram que ficariam com as duas vias para pressionar a Prefeitura a renovar o contrato e, se conseguissem, esse aviso prévio não teria mais valor", diz Eliane.

Os manifestantes também disseram que era comum ocorrerem atrasos no pagamento dos salários, de até 15 dias.

José Previdelli reconheceu os atrasos e afirmou que a empresa vai tomar as medidas necessárias para devolver a segunda via do aviso prévio aos trabalhadores.

A última reclamação diz respeito à liberação da carteira de trabalho. Muitos trabalhadores, como Eunice Rodrigues, ainda estão com a carteira assinada, o que os impede de procurar outro emprego ou de efetuar o pedido de salário-desemprego.

Previdelli diz que isso será resolvido pelo setor de contabilidade da Maringá Lixo Zero.

Se a situação não for resolvida até esta quarta-feira (1.º), os ex-funcionários prometem novas manifestações. "Vamos fazer barulho em frente à Prefeitura, para ver se esse dinheiro sai", afirma Andrea de Mello.

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