Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Reintegração de posse

Famílias são retiradas de moradias populares em Sarandi

Delegado Marcos Eduardo Cabello mostra os documentos apreendidos durante a Operação Manjedoura | Jonathan Campos - Gazeta do Povo
Delegado Marcos Eduardo Cabello mostra os documentos apreendidos durante a Operação Manjedoura (Foto: Jonathan Campos - Gazeta do Povo)

A reintegração de posse que a Polícia Militar realiza desde o início desta quarta-feira (26) em Sarandi, a 12 km de Maringá, está sendo feita de forma pacífica, segundo a PM. Vinte e uma famílias que moram em casas populares inacabadas do bairro Jardim Universal começaram a ser retiradas do local nesta manhã. Elas ocuparam a região em março deste ano, depois que a entrega das moradias, prevista para novembro de 2008, atrasou. Há 27 famílias morando na região.

Quatro caminhões da Prefeitura de Sarandi carregam os móveis e os pertences das famílias, que estavam abaladas com a situação, mas não reagiram com violência. O advogado dos moradores, Claudinei Codonho, já havia informado na terça (25), quando tomou conhecimento da ação, que a desocupação seria pacífica.

O secretário de Comunicação de Sarandi, Geraldo Irineu da Silva, informa que ainda não foi definido o local para o qual as famílias e respectivos pertences serão levados. Estuda-se a possibilidade de usar um ginásio de esportes da cidade.

A ordem de reintegração de posse foi emitida em abril deste ano, pela Vara Cível de Sarandi, mas ainda não foi cumprida porque a Prefeitura tentava acordo com os ocupantes das casas. "Tentou-se sensibilizar esses moradores, mas não houve acerto", diz o assessor.

O caso

A entrega das casas estava prevista para novembro de 2008, mas não ocorreu, o que motivou a ocupação das residências, em março. Pouco depois, diz Codonho, uma servidora municipal entregou as chaves das casas às famílias, o que criou nos moradores o sentimento de posse. "Muitas pessoas fizeram até reformas nas moradias."

A versão é negada por Silva, que diz que a entrega das chaves não ocorreu. A funcionária supostamente envolvida no caso foi demitida, mas, segundo Silva, porque tinha familiares na administração municipal, o que caracteriza nepotismo.

Segundo ele, depois que forem reavidas, as moradias serão concluídas e entregues às famílias que estão na lista de espera do município, que tem cerca de três mil pessoas.

Deixe seu comentário no formulário abaixo!

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.