O escritor inglês Edmund Burke escreveu certa vez: "Para que o mal triunfe, basta que os homens bons cruzem os braços". Pois ainda bem que existam pessoas que não se calam diante das adversidades ou da comodidade. Assim era o seu Antônio Nora Ribeiro, fluminense de Resende e que ainda criança fincou raízes nas terras paranaenses.
Foi criado em Cornélio Procópio, onde conheceu dona Aparecida, aquela que se tornaria sua companheira inseparável. Os dois se casaram e em 1950 se mudaram para Maringá. De agricultor, seu Antônio se tornou colonizador. Durante muitos anos, trabalhou na Companhia Melhoramentos Norte do Paraná, quando colaborou na criação de cidades como Cianorte e Umuarama.
Em Maringá, ajudou na construção do Aeroporto Gastão Vidigal. "Ele jamais imaginava ver a cidade como está hoje. É gostoso lembrar que a participação dele foi muito importante no desenvolvimento da região", lembra o filho Laércio. Religioso, seu Antônio era muito ligado a igreja Assembleia de Deus e aos trabalhos sociais. Mesmo depois de idoso, não deixava de ir aos hospitais para visitar e orar pelos enfermos. Em outubro deste ano, seria consagrado pastor.
Ele também gostava de escrever poemas sobre Maringá, a vida e a família. Fazia questão de reunir seus parentes todos os domingos, quando lembrava das dificuldades do passado e de como nunca cruzou os braços.
Deixa a esposa, sete filhos, 24 netos e 25 bisnetos.
Dia 24 de julho, aos 87 anos, de morte súbita, em Maringá



