Não havia tempo ruim para Luiz Sabaini. Bom de papo e dono de uma disposição contagiante, o paulista de Nuporanga era um conquistador nato de amizades. O jeito extrovertido chamou a atenção de seu patrão, que o convidou para morar no Paraná.
E assim Luiz se mudou para Flórida (na região Noroeste do estado), onde trabalhou na venda de cereais. O trabalho prosperou e logo ele adquiriu uma propriedade, onde passou a cuidar de gado leiteiro e de corte.
Em 1963, ele comprou uma cafeeira em Maringá, onde passou a viver, mas sem deixar de lado a pecuária. Logo se tornou um dos membros da Sociedade Rural da cidade.
Mesmo com o sucesso nos negócios, Luiz nunca deixou o lado simples e alegre, que lhe rendeu as mais diversas amizades, de padres a pastores, de flanelinhas às pessoas mais influentes do município. "Até os cachorros da rua eram amigos dele. Ele era muito querido por todos. Gostava de se envolver em atividades de cunho social, mas fazia isto sem alarde, do jeito dele", lembra a filha Carmem.
Nos últimos anos, gostava de jogar conversa fora na Boca Maldita e no campo de bocha da Vila Operária. Também frequentava os grupos de oração, acompanhado de sua esposa, dona Alice, com quem completaria 60 anos de casamento este mês. Deixa quatro filhos, oito netos e um bisneto.
Dia 8 de abril, de parada cardíaca, aos 82 anos.


