Idosa atropelada ao desembarcar de ônibus é enterrada em Maringá

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Esmênia Monteiro da Silva, idosa atropelada por um ônibus do transporte coletivo de Maringá há cerca de um mês, foi enterrada na manhã desta segunda-feira (5). O sepultamento estava marcado para as 10h30, no cemitério municipal, segundo a empresa de assistência funeral Prever. A idosa ficou por mais de três semanas internada na UTI da Santa Casa. Ela morreu no sábado (3).

Esmênia foi atropelada na manhã do dia 10 de março, logo após descer de um ônibus da TCCC, empresa que faz o transporte coletivo de Maringá. O motorista relatou que a mulher já havia desembarcado e, quando o ônibus estava partindo, perdeu o equilíbrio e caiu para trás, vindo parar debaixo do veículo. O motorista não notou a queda e arrancou, atropelando-a. O acidente aconteceu no bairro Vila Nova.

A idosa teve lesões musculares, fraturas nas costelas direitas e pneumotórax – que é o ar retido dentro dos pulmões. Ela foi atendida pelo Corpo de Bombeiros e seguiu para o hospital.

Esta foi a 20ª morte do ano no trânsito urbano de Maringá, conforme estatística do departamento de trânsito da Polícia Militar. O órgão não contabiliza óbitos na Avenida Colombo, trecho urbano da BR-376, administrado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Também ficam de fora mortes ocorridas 30 dias após o acidente.

Investigação

O titular da delegacia de acidentes de trânsito de Maringá, Paulo Machado, diz que o motorista do ônibus ainda não foi ouvido, mas que isso deve acontecer em breve. Ele afirma que as causas do acidente serão investigadas e, conforme a constatação, ele pode ser indiciado por homicídio culposo. "É apenas uma possibilidade. Precisamos verificar tudo que aconteceu", ressalva.

A concessionária TCCC decidiu não punir o motorista. Uma comissão interna responsável por analisar acidentes envolvendo funcionários e veículos da empresa constatou que o motorista não foi responsável pelo acidente. "Não vemos culpa do motorista. Segundo testemunhas, a senhora desceu do ônibus, já estava no acostamento (o local não tem calçada), quando se desequilibrou e caiu na frente do ônibus", diz Eliverte Riedo, gerente do departamento de trânsito da concessionária.