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Tragédia

Incêndio no RS motiva discussão sobre fiscalização de boates em Maringá

Após tragédia em Santa Maria, presidente da Câmara Municipal questionou as condições das casas noturnas de Maringá. Bombeiros garantem que todos os estabelecimentos da cidade funcionam de forma regulamentada

Após o incêndio que matou mais de 230 pessoas e feriu outras 116 em Santa Maria , no Rio Grande do Sul, na madrugada deste domingo (27), autoridades maringaenses se manifestaram a favor de novas fiscalizações nas casas noturnas da cidade. No microblog Twitter e na rede social Facebook, o presidente da Câmara Municipal de Maringá (CMM) , Ulisses Maia, questionou se o acidente não poderia ter ocorrido e Maringá. "Como andam as instalações de nossas boates? Todas tem alvará?", questionou. Ainda nas redes sociais, Maia afirmou que a CMM deverá agir imediatamente. "Vamos formar uma comissão com bombeiros, defesa civil, prefeitura e câmara para um pente fino na cidade", declarou no início da tarde deste domingo (27).

Questionado sobre a regularização de funcionamento das casas noturnas maringaenses, o chefe da Comunicação do Corpo de Bombeiros de Maringá, tenente Nivaldo Rêgo, afirmou categoricamente que todas estão regulamentadas. "Se houvesse alguma irregularidade, não estariam funcionando."

O tenente explicou que o alvará expedido aos estabelecimentos comerciais na cidade atende ao Código de Prevenção de Incêndio do estado do Paraná. No entanto, Rêgo afirmou que é a Prefeitura Municipal de Maringá a responsável pela permissão de funcionamento. "O projeto de prevenção de incêndio, exigido e fiscalizado pelos bombeiros, é apenas um dos itens necessários para conquistar o alvará."

O projeto considera o tamanho do estabelecimento, a capacidade e a estrutura do local. A partir disso, uma equipe técnica determina a necessidade do número de saídas de emergências e a disposição do sistema preventivo - distância entre extintores, por exemplo. "Então, não existe um padrão para as casas noturnas. Vai depender do tamanho e capacidade de cada uma." Por isso, o tenente explica que a partir do projeto aprovado, qualquer alteração na estrutura da casa deve ser comunicada aos órgãos competentes e esperar a aprovação. A vistoria técnica é refeita a cada um ano.

Além da estrutura de segurança, Rêgo afirma que toda a equipe de funcionários das casas noturnas devem estar orientadas a agir em situações de emergência. Ele defende que instruções de como operar um extintor ou liberar a saída de emergência são simples e devem estar, também, em cartazes visíveis e iluminados espalhados pelo estabelecimento. Além disso, ele reforça que os organizadores de eventos devem respeitar os limites da capacidade da casa. "Outra orientação básica é que, em hipótese alguma uma saída de emergência pode ficar trancada."

O tenente Nivaldo Rêgo garantiu que a fiscalização em Maringá é eficiente. "Aqui a gente sempre ouve que os bombeiros demoram muito para liberar o projeto. Mas o que acontece é que a fiscalização aqui é muito bem feita. Você pode ver que não temos nenhum histórico de acidente análogo a esse do Rio Grande do Sul."

O prefeito de Maringá, Carlos Roberto Pupin (PP), e representantes da Associação Brasileira de Bares e Restaurante (Abrasel), regional de Maringá, foram procurados pela reportagem da Gazeta Maringá para comentar a situação do funcionamento e sobre possíveis fiscalizações das casas noturnas da cidade, como foi proposto pelo presidente da Câmara, mas não foram localizados até às 17h20 deste domingo (27).

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