A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (14) a Operação Reincidência e cumpriu mandado de busca e apreensão de documentos e computadores na agência da Previdência Social de Paranavaí, região Noroeste. O objetivo é colher provas para um inquérito policial que investiga um grupo composto por um servidor do INSS e sindicatos rurais da região que forjava tempo de serviço inexistente e facilitava a concessão de aposentadorias para trabalhadores rurais. A estimativa inicial é que o prejuízo da Previdência seja de aproximadamente R$ 3 milhões, mas o valor real só será conhecido depois da revisão de cerca de 200 benefícios concedidos pelo funcionário investigado.
Além da PF, também fazem parte da operação e das investigações o Ministério Público e o Ministério da Previdência Social. O inquérito policial está em trâmite na Delegacia da Polícia Federal de Maringá. De acordo com o agente Marcos Koren, chefe de Comunicação Social da PF no Paraná, 12 agentes fizeram o trabalho de varredura nos computadores e documentos na agência.
A investigação aponta que o grupo criava tempo de atividade rurícola inexistente, e os beneficiados passavam a receber seguro especial do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) mesmo sem atender às condições necessárias para fazer jus ao direito. "Trata-se de um crime comum no meio. Daí o nome da operação: reincidência", explicou Koren.
Os envolvidos poderão responder, após finalização das investigações, pelos crimes de estelionato e formação de quadrilha, com penas que podem alcançar de 2 a 8 anos de reclusão.



