Maringá encerrou o ano de 2009 com 180 mil registros no banco de dados de inadimplentes do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC). A quantidade corresponde a dez mil a mais do que no final de 2008. Desses 180 mil registros, um terço equivale ao número de consumidores, ou seja, cerca de 60 mil pessoas aparecem constantemente na lista dos devedores.
No ano passado ainda caiu o número de maringaenses que quitaram suas contas e deixaram o banco de dados de inadimplentes do SCPC. Dados da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim) indicam queda de 5,92% no número de excluídos em relação ao número do ano passado. Como o banco de dados de inadimplentes está maior do que o de 2008, a Acim emitiu um comunicado alertando os empresários (especialmente lojistas e do comércio varejista) para que redobrem a atenção na hora das vendas a prazo.
A inadimplência só não alcançou números alarmantes porque houve queda de 24,23% no número de pessoas incluídas no SCPC por contas em atraso. De acordo com a coordenadora do SCPC, Keila Alba, uma das explicações para esse fenômeno é que as vendas à vista cresceram em Maringá, acompanhando tendência nacional e mundial. "Muitas pessoas optaram por utilizar o 13º salário para comprar mais à vista ao invés de quitar as dívidas", explica.
Estudo feito pelo Departamento de Pesquisa e Estatística da Acim (Depea) revela que as vendas à vista, com dinheiro ou cheque, aumentaram 29%, enquanto que as vendas à vista com cartão de débito cresceram 6% em 2009 quando comparado com 2008. Segundo o presidente da Acim, Adilson Emir Santos, a diminuição do número de incluídos no SCPC também tem outro motivo: "Passamos a oferecer mais opções de serviços de consulta para os empresários, o que garante maior segurança e proteção nas vendas por crediário ou cheque pré-datado", destaca em entrevista ao site da entidade.
Banco de dados
O banco de dados de inadimplentes da Acim faz parte da Rede Nacional de Informações Comerciais (Renic) que controla o SCPC em todo o país. As informações que são adicionadas em Maringá são vistas ao mesmo tempo em todas as bases do Brasil, sendo que o inverso também acontece.
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