O Ministério Público do Trabalho (MPT) abriu, nesta segunda-feira (19), um inquérito para avaliar o projeto de uma parceria público-privada para a queima de lixo em Maringá. O projeto polêmico da Prefeitura de Maringá passou pela Câmara em fevereiro deste ano e teve a aprovação dos parlamentares. O Município quer implantar uma usina termoelétrica para o tratamento de lixo na cidade. O MPT alega que a usina deixará os catadores de recicláveis desempregados, trazendo uma série de problemas.
"Com a queima dos recicláveis corremos o risco de eliminar o seguimento em Maringá. São trabalhadores que possuem baixa qualificação e dificilmente conseguirão trabalho em outra área. Estamos com uma cópia do projeto em mãos e vamos ficar acompanhando o desdobramento do caso", disse o procurador do trabalho Fábio Aurélio da Silva Alcure.
Alcure, que também é coordenador do Fórum Intermunicipal Lixo & Cidadania, disse que além de problemas no segmento dos catadores de recicláveis, a termoelétrica poderá trazer riscos ao meio ambiente. "A queima de lixo produz poluentes atmosféricos nocivos à saúde humana e ao meio ambiente. Existem outras formas de se tratar o lixo que não traga problemas à cidade", afirma.
As entidades que formam o Fórum estão coletando assinaturas para um projeto de iniciativa popular voltar a tramitar na Câmara, se posicionando contra a queima do lixo. Um protesto foi agendado para sábado (24), às 9h, na Praça Rocha Pombo, no centro de Maringá.
Outro lado
A assessoria de imprensa da Prefeitura de Maringá informou que só vai se pronunciar sobre o caso quando for notificada pelo MPT, o que não havia acontecido até a tarde desta segunda.



